O Partido Socialista de Aveiro veio a público contestar o "ritmo de obras" da autarquia aveirense. Manuel Sousa refere, em comunicado, que as obras "são necessárias, onde o são" mas contesta a "grande pompa" colocada e diz que em algumas circunstâncias "é propaganda".
"Anunciadas, re-anunciadas, aprovadas, re-aprovadas, apresentadas, 'esticadas' no tempo (...) fala-se em 10, 14, passa a 25 milhões, é mais ou menos, logo se vê? Até pode ser mais, muito mais, mas não é desta forma que se credibilizam as opões políticas", sublinha.
Para os socialistas, nos últimos meses, os habitantes do centro de Aveiro "têm convivido com obras nas vias públicas, tão demoradas, cujo final parecia ser uma ténue miragem".
"Há uns meses atrás, em plena época alta do turismo em Aveiro, foi questionado, a quem de direito, o porquê do início das obras precisamente nessa altura, uma vez que, tal como nos últimos anos, esperar-se-ia que a cidade fosse 'invadida' pelos desejados turistas. Como resposta, o interlocutor referiu, de forma engenhosa, mas pouco persuasiva que 'as obras não condicionam quem visita a cidade, antes pelo contrário, farão com que os turistas queiram voltar para ver a obra feita'".
Para o PS a Câmara está a trabalhar para "dar início a um período pré-eleitoral recheado de inaugurações, salvaguardando a apresentação de obra feita a todos os custos". Por outro lado, e tendo em conta o foco geográfico das intervenções, "constata-se que, mais uma vez, o edil, ao contrário do que pretende fazer transparecer, esquece as vias, arruamentos e infraestruturas situadas para lá dos limites do centro da cidade".
"Através da realização de uma volta 'turística' pelas vias do Concelho, podemos constatar, que uma grande parte destas se encontra bastante degradada, com principal ênfase nas pequenas vias do interior das Freguesias, fora do centro da cidade". Para o PS "não deve haver aveirenses de primeira e segunda", vincam.