Ílhavo: "Orçamento é o espelho de uma governação sem inovação, sem estratégia, sem visão, sem ambição e sem liderança" - PSD de Ílhavo.

A concelhia de Ílhavo do Partido Social Democrata afirma que a aprovação do orçamento recorde do Município de Ílhavo, para 2025, não chega para disfarçar a “ineficácia do executivo” e que só a “queda no colo” do PRR permite ao Município notar o surgimento de projetos.

No rescaldo da aprovação de Plano e Orçamento, com votos da maioria independente e abstenção dos vereadores da oposição (PSD e PS), o PSD diz que “felizmente existe Plano de Recuperação e Resiliência”.

O Orçamento apresentado chega aos 70,2 Milhões de Euros, número considerado “brutal” mas o PSD diz que esse número deve ser lido à luz do Plano de Recuperação e Resiliência que caiu no “colo” das autarquias em Portugal.

“Felizmente para Portugal, atualmente, temos à disposição fundos disponíveis como nunca tivemos – nomeadamente o PRR. Oportunidade única e ímpar, a que se juntarmos acordos e negociações anteriores a este mandato, colocam este Executivo sobre holofotes para os quais à partida, não tinham a menor ambição, preparação ou planeamento”, refere a concelhia do PSD.

Para os Sociais Democratas, o financiamento “caiu no colo do UPF” e permite intervenções em áreas fundamentais como a Saúde e a Educação que “constavam no Manifesto Eleitoral do PSD, ao qual este Executivo Municipal foi buscar ideias e soluções”.

“Caiu no Colo do UPF, sim, isso mesmo, caiu no colo do UPF, porque senão teríamos orçamentos como os anteriores, em que tudo se prometeu, tudo se projetou e nada se fez. Esta é a penalizadora verdade. Basta ver os sucessivos enormes Saldos de Gerência”.

Os sociais democratas lembram que a reabilitação abrange 451 escolas em Portugal, em Acordo com Associação Nacional Municípios Portugueses, e os centros de saúde foram incluídos na negociação da Transferência de Competências na área da Saúde, “anterior a este mandato”.

“Caiu no Colo do UPF tanto dossier, mas infelizmente não souberam gerir atempadamente. Trinta e oito meses passaram desde que este Executivo UPF tomou posse, e vem agora candidamente, quando faltam cerca de dez meses para acabar o mandato, apresentar e dizer que neste curto espaço de tempo é que vai ser”.

Os Social Democratas desconfiam da capacidade de executar as obras em 2025 e acusam a maioria de culpar o “timing” do PRR quando a “verdadeira desculpa é a incapacidade de governar, é não ter ideias, e andar a reboque das ideias que os outros Partidos apresentaram nas suas propostas eleitorais”.

A abstenção dos três vereadores assenta na fórmula encontrada evitar “obstáculos à governação”.

“Este Orçamento, o último deste Executivo Municipal, é o espelho destes mais de três anos de uma governação sem inovação, sem estratégia, sem visão, sem ambição, sem liderança, desmobilizadora e desmotivadora, distante das pessoas, das empresas, das associações ou das Juntas de Freguesia (que não mereceram no documento uma única palavra). Uma governação que sempre tentou procurar nos outros a desculpa para as suas próprias e inultrapassáveis incapacidades. Felizmente esse tempo está a terminar”, conclui a concelhia PSD no rescaldo da decisão assumida em reunião de Câmara e que, agora, transita para a Assembleia Municipal.