O presidente do Turismo Centro de Portugal contesta a distribuição de fundos do plano de recuperação e resiliência por entender que há discrepâncias entre o Norte e o Centro.
Pedro Machado declarou à agência Lusa que o plano de recuperação deve rever a relação de 50% dos fundos para o Norte e 29% para o centro nomeadamente do [20]21-[20]27.
"Acho que é uma discrepância inaceitável, seja ela alavancada nos indicadores, por exemplo, do desemprego. É evidente que o Norte tem mais desemprego que o Centro. Seja alavancada em indicadores como o desenvolvimento empresarial e, sobretudo, na capacidade produtiva. O Norte tem mais que o Centro, mas não tem numa relação de uma distribuição e de uma diferença percentual tão forte como aquela que nos foi apresentada".
O responsável pelo turismo questiona ainda a forma centralizada de gerir os fundos.
"E, por isso, mais uma vez, parece-me e percebe-se que nos investimentos prioritários, sobretudo no investimento público prioritário que o Governo está a definir como metas de [20]21 a [20]27, os próximos seis anos são absolutamente concentracionistas. E, portanto, voltamos à política do centralismo, voltamos à política do concentralismo".