PCP descontente com setor dos transportes em tempo de pandemia.

O PCP quer contas bem feitas com os concessionários de transportes e afirma que as autarquias que estão a substituir-se aos operadores devem refletir essecusto nas operações.

Cita os casos de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira e Estarreja que fornecem transportes aos alunos do 11º e 12º anos, dos respectivos concelhos mas para o PCP deveriam ser as empresas Transdev e Feirense a efectuar esse tipo de transporte.

Lembra que alguns alunos compraram o passe e cartões pré-pagos nas respectivas empresas e que agora são transportados nos autocarros e carrinhas das Câmaras Municipais.

“Situações como esta são incompreensíveis e carecem de esclarecimentos urgentes para que se identifique o porquê de estas empresas privadas, que colocaram os seus trabalhadores em regime de lay-off, passarem para as Câmaras Municipais o serviço que estão obrigadas contratualmente a efectuar”.

No que concerne especificamente a concessão à Transdev da AveiroBus, o PCP diz que o lay-off tem servido para justificar a paragem e a redução da oferta mas que dessa forma ninguém vai regressar aos transporte.

“Mas a verdade é que se não existirem horários compatíveis com as necessidades da população, não pode existir afluência aos transportes públicos. De facto, a única razão pela Transdev não cumprir com o previsto contratualmente, deve-se à falta de trabalhadores uma vez que aproveitaram a medida de lay-off criada pelo Governo e colocaram a maior parte dos seus trabalhadores em suspensão total do contrato de trabalho e outros com redução de horário de trabalho, nomeadamente uma semana a trabalhar e outra em lay-off”.

O Partido Comunista pede ainda avaliação às medidas ordenadas pela DGS e que, segundo o Partido, não estarão a ser cumpridas.

“O PCP solicita à Câmara Municipal o cumprimento da sua responsabilidade enquanto entidade concessora do serviço público de transporte de passageiros no concelho de Aveiro, exigindo aos operadores privados o cumprimento das suas obrigatoriedades contratuais, o cumprimento dos horários e em quantidade horária suficiente para que seja cumprido o limite máximo de passageiros por autocarro, horários que permitam aos utentes a deslocação para o seu local de trabalho com garantias de segurança e desinfecção, conforme recomendações da DGS”.