Os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro (AMA) acreditam mais na força popular do que na força dos partidos da maioria (PSD e PP) que governam a Câmara de Aveiro, para travar a intervenção no espaço do Rossio.
Apesar do 'desconforto' já manifestado por alguns dirigentes dos dois partidos, Ribau Esteves não recua na intenção de modernizar o Rossio.
Depois de uma Assembleia e de um piquenique em que as posições foram assumidas pela sociedade civil, alguns partidos apelam agora à presença popular na AMA de quinta-feira em que será debatido o tema inscrito na Ordem de Trabalhos.
Francisco Picado, do PS, afirma que "há um problema de método" sentido no Rossio mas que terá repercussão idêntica na avenida Dr. Lourenço Peixinho. (com áudio)
O representante do PS no programa 'Canal Central', da Terra Nova, diz que Ribau Esteves "quis fugir ao debate" na passada sexta-feira quando não foi permitido antecipar o debate para que os cidadãos que foram à Assembleia pudessem ter a sequência natural, no momento em que tinham acabado de transmitir as suas opiniões. (com áudio)
O programa 'Canal Central' não contou com representantes de PSD e PP que não escondem algum desconforto pela forma como o processo está a ser gerido.
Filipe Guerra, do PCP, vê semelhanças entre o Alboi e o Rossio. Lembra que Élio Maia teve no Alboi e na Ponte sobre o canal central "projetos que seguiram método idêntico". (com áudio)
Rui Alvarenga, do PAN, considera que os estudos geotécnicos e a 'força popular' podem evitar a construção do estacionamento subterrâneo naquela zona da cidade. "Há duas maneiras de impedir esta loucura. Os estudos técnicos que ditem cenários delicados técnica e financeiramente e a acção da população", referiu.
Ernesto Oliveira, do BE, fala em solução imposta num processo sem verdadeira participação pública. "Ribau quer a obra e ignora as vontades da população. Nós não queremos aquela obra que só agravará problemas sociais e de trânsito", vincou.