O PCP torce o nariz à integração do Hospital de Ovar em Unidade Local de Saúde.
Ainda assim, admite que a referenciação a Aveiro não faz sentido.
Depois da critica de forças vareiras e do esclarecimento da autarquia que faz a defesa da integração no Entre Douro e Vouga, surge a voz do PCP contra o modelo.
“Para além do impacto desastroso que uma referenciação a Aveiro significaria para a acessibilidade dos ovarenses, acresce que modelo proposto (de ULS) não soluciona nenhum dos graves problemas que afectam a população do concelho no que respeita ao acessos aos cuidados de saúde do SNS; antes retirará autonomia gestionária e financeira ao Hospital de Ovar e ACeS, colocando-os sob modelo de gestão empresarial EPE”.
O PCP defende, como alternativa, o maior investimento nas unidades do SNS do município - Hospital de Ovar - Francisco Zagalo (HFZ) e Centros de Saúde, em meios financeiros e humanos; uma maior articulação do HFZ com o Hospital da Feira (CHEDV), o aprofundamento da articulação entre o HFZ e o ACeS Baixo Vouga.
Em nota divulgada esta tarde, os Comunistas rejeitam a “pretensão da DE-SNS de integrar o Hospital de Ovar e Cuidados de Saúde Primários do concelho de Ovar sob a alçada de qualquer ULS com modelo EPE, denunciando adicionalmente que a proposta de referenciação a Aveiro é uma afronta à acessibilidade da população de Ovar aos cuidados de saúde secundários mais diferenciados”.
Adverte que o modelo ULS, apesar de uma anunciada autonomia no âmbito gestionário do SNS, “significa, na prática, a perda de autonomia das subunidades que a integram, até agora no Sector Público Administrativo (SPA), a saber, o Hospital de Ovar, bem como os Centros de Saúde”.