A Câmara Municipal de Ovar vai avançar com a reparação das deficiências encontradas no Centro Escolar dos Combatentes, nomeadamente intervenções ao nível dos pavimentos e dos revestimentos exteriores, reparação de paredes, de portas e de janelas, alteração de dois sanitários e reparações no sistema AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) e rede de água, prevendo-se um investimento que ascende a meio milhão de euros. Contratado em junho de 2010 e inaugurado em setembro de 2012, o Centro Escolar dos Combatentes revelou “desde a sua entrada em funcionamento vários problemas, principalmente ao nível da temperatura das salas de aula”, lembra o presidente da Câmara Municipal, Salvador Malheiro, salientando que “ao depararmo-nos com esta situação, logo após a nossa tomada de posse, em outubro de 2013, encetamos de imediato diligências internas e junto do empreiteiro a fim de avaliarmos a situação”. Assim, de forma a verificar a origem das patologias que foram sendo reportadas, a fim de se encontrar uma solução e apurar as responsabilidades pelos danos, a autarquia contratou o Laboratório de Física das Construções, do Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o qual apresentou um relatório técnico, onde foram elencadas as deficiências detetadas e propostas as soluções para a sua reparação. Com base nos problemas reconhecidos nesse documento, e previamente ao apuramento de responsabilidades, que se prevê por via judicial, a Câmara Municipal decidiu avançar já com a reparação das deficiências encontradas “pois está em causa um centro escolar com centenas de crianças que merecem um espaço de qualidade e acima de tudo, um espaço com as condições de segurança que se exigem”, afirma o autarca. Ainda de acordo com Salvador Malheiro, a autarquia vai executar as obras e tentar minimizar os transtornos provocados pelas intervenções, “apesar da maioria dos trabalhos serem no exterior”, aproveitando a pausa letiva do verão, apurando, em simultâneo, se as patologias detetadas se devem ao projeto, à execução ou à própria fiscalização da obra, de forma a imputar as responsabilidades aos seus autores. “Tentamos resolver a situação, mas nessa impossibilidade, optamos por esta decisão, por se afigurar a mais razoável e a que permite realizar as obras o mais rapidamente possível”, conclui o presidente da Câmara Municipal. De referir que o projeto de execução, o programa do concurso e o caderno de encargos já se encontram aprovados, em sede de reunião de Câmara Municipal, no passado dia 16, e o procedimento de concurso público para a contratação dos trabalhos já se encontra em curso.