A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) lamenta que a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) "tenha estado sem quórum no Conselho Diretivo, desde 31 de Março de 2016 até ao dia 1 de Setembro, o que contribuiu para a inação da sua capacidade de decisão sobre os principais problemas que afetam o setor" na região Centro, é referido em comunicado de imprensa enviado à Redacção Terra Nova. "É uma irresponsabilidade ter um organismo do setor da Saúde paralisado tantos meses. Agora que foi nomeado um vogal para o Conselho Diretivo, esperamos que aquele órgão da ARSC deixe de ser exclusivamente agente de propaganda da tutela. Este momento é crucial para que os titulares deste organismo encontrem soluções para os graves problemas pendentes", acentua o Presidente da SRCOM, Carlos Cortes. A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos "prosseguirá o seu trabalho na defesa dos médicos e dos doentes e continuará a pressionar o Ministério da Saúde, no sentido de ser o baluarte na defesa da qualidade do Serviço Nacional de Saúde". "Esperamos que esta mudança na ARSC seja uma oportunidade para incutir um espírito mais crítico e de maior exigência em prol da saúde e, ainda, que esta oportunidade ajude a defender este setor vital na região Centro. Infelizmente, as administrações regionais de saúde comportam-se muito mais como agentes de subserviência política do que entidades que possam estimular o Ministério da Saúde a resolver os problemas do setor", vincou Carlos Cortes. “O Ministério da Saúde deve refletir se quer agentes de mudança no setor ou agentes de propaganda como tem acontecido até agora”, sublinha o presidente da SRCOM. "Vamos enviar um relatório com todos os problemas, alguns dos quais graves, para que aquele organismo tenha a capacidade da sua resolução. Cinco meses de inércia é demasiado tempo", conclui Carlos Cortes.