Ribau Esteves sentiu o impacto negativo das declarações que fez sobre a nova lei que veio proibir o abate de animais e esclarece que não pode ser entendida como posicionamento a propósito de políticas de acolhimento ou abate.
“O José Ribau Esteves tem duas cadelas e uma gata, rafeiras, e que alimenta todos os dias. Dei o exemplo. Mas como autarca tenho que procurar respostas para as questões. Os autarcas não são mauzinhos e não querem matar animais. Nem a mosca que incomoda”, começou por dizer numa reunião em que apresentou um documento sobre a nova lei.
O autarca explica que o canil intermunicipal vai avançar mas estava desenhado para uma realidade que não é a que existe atualmente por força das mudanças na lei. E questiona as condições de habitabilidade nesses locais com o aumento da pressão.
“A nova lei veio criar pressão para fazer cumprir a proibição do abate uma vez que a realidade estava a ser desenhada para 2000 animais. Com a nova lei vai ser necessário mais espaço. É uma situação complicada mas o legislador não quer saber disso para nada”.
O autarca lembra que a crítica não visava posicionamento sobre os animais ou sobre partidos mas os timings e a forma precipitada de mudar um quadro que já de si é "complexo" na gestão de canis. “A lei foi aprovada por unanimidade. Não é uma questão de partidos”.
A lei ainda não está regulamentada e exige sustentação técnica e financeira num debate feito pela Associação Nacional de Municípios sobre a proposta de Portaria.
Estamos a trabalhar o programa de financiamento de novos canis. É preciso definir de onde vem o dinheiro e é preciso tempo para o trabalho de sensibilização para que as pessoas não abandonem os animais. Estamos a gerir isto de forma séria para que não digam coisa sem sentido”.
A construção de novo canil vai avançar e as autarquias admitem que as novas regras vão obrigar a ampliações ou criação de novos polos numa segunda fase. Num primeiro momento haverá estruturas no eixo Ovar- Estarreja, Ílhavo-Águeda e Aveiro.