Contra tudo e contra todos mesmo que nos poderes nacionais esteja o Partido Socialista.
O PS de Ovar reage ao encontro de autarcas eleitos pelo PSD com o Ministro da Saúde e afirma-se “ainda mais preocupado” do que já estava quanto ao futuro da saúde no concelho.
A autarquia deu nota desse encontro esta segunda-feira em que o tema de fundo foi a referenciação de utentes ao hospital da Feira e não ao centro hospitalar do Baixo Vouga, medida que todos os partidos querem ver assegurada na reforma de serviços e na criação das Unidades Locais de Saúde.
O PS diz que o resultado do encontro foi “vendido” como positivo pela “referenciação hospitalar da população de Ovar” a Norte mas entende que ainda não há certezas.
“O que a Câmara de Ovar e o Senhor Presidente da Câmara vêm agora dizer é que, mesmo que nos integrem na ULS de Aveiro, a referenciação, nome que utilizam para substituir a Liberdade de Escolha dos Munícipes de Ovar, será a Norte”.
Discurso que o PS entende como ambíguo.
“Não pode, como tem defendido o PS Ovar e como demonstra o projeto de resolução entregue na Assembleia da República pelos Deputados Socialistas, existir nenhuma ambiguidade que admita uma referenciação contrária à ULS em que seremos integrados. Isto é um logro, que não permite aos Ovarenses saberem por quanto tempo poderão recorrer a cuidados de saúde onde legitimamente devem continuar a ser atendidos, acompanhados e tratados”.
Outro dos factos que o PS estranha é a existência de novas reuniões.
“Estranhamos ainda mais que o Município de Ovar ainda vá ser consultado após uma reunião com o Ministro, que deveria ser a última e na qual a posição do Município não deveria deixar margem para dúvidas, dispensando qualquer auscultação futura, pois tal não seria sequer necessária”.
Os socialistas pedem firmeza e clareza para fechar o dossiê que tem marcado a vida política em Ovar.
“A ambiguidade demonstrada, a falta de firmeza e clareza nas negociações que aqui ficam evidenciadas, contribuem para destruir o trabalho feito pelas forças políticas de Ovar e pelo movimento do seu Povo”.
A estrutura socialista recusa a ideia de “diálogo colaborante” e prefere uma atitude mais guerreira mesmo que do outro lado esteja um Ministério da Saúde gerido por um governo socialista.
“Não nos deixaremos levar por golpes palacianos que ilibem os decisores Locais e Nacionais da responsabilidade pela decisão”.