No âmbito da campanha 'Mais direitos, mais futuro, não à precariedade, o PCP realizou ontem uma acção de contacto com os trabalhadores da Desicor, na Murtosa. Segundo os comunistas "foi possível confirmar as denúncias de recurso ao trabalho precário nesta empresa". "Não sendo caso único, este é mais um exemplo de um local de trabalho onde os trabalhadores são tratados como autênticas peças descartáveis, oscilando entre empresas de trabalho temporário, contratos a prazo com a própria Desicor e o desemprego, ao sabor dos interesses do patrão", é referido em comunicado enviado à Redacção Terra Nova. "Para além de para muitos trabalhadores a sua situação contratual estar longe de ser clara - casos há em que o patrão diz aos trabalhadores estarem 'a prazo' apesar de lá trabalharem há mais de 5 anos! - a regra naquela empresa é o movimento quase 'pendular' entre o emprego e o desemprego, sempre com baixos salários, sempre sem certezas sobre o futuro".