Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, participou na marcha de protesto de produtores de leite que ligou Ovar ao centro de Aveiro. Ao dirigir-se aos agricultores em luta o deputado comunista manifestou a “solidariedade e o apoio” do PCP nesta ação em defesa da produção leiteira na região e do País.
“Tal como o PCP previu, o fim das quotas leiteiras está a ter efeitos desastrosos na nossa economia, com uma descida significativas do preço pago ao produtor que decorre de um aumento da produção no norte da Europa que não era verificável ao longo do chamado período de aterragem suave. O embargo russo agravou ainda mais este efeito, exigindo assim mais medidas que impeçam uma derrocada dos preços e a consequente ruína dos agricultores”.
Para Miguel Viegas que é candidato por Aveiro nas legislativas, “este protesto é um reflexo do crescimento da indignação dos produtores e exigência de novas políticas”.Durante a tarde o deputado reuniu com a direção da Associação Florestal do Baixo Vouga, procurando “acompanhar a situação e identificar problemas que impedem que a fileira florestal possa ser a alavanca de desenvolvimento que a região necessita”. A Associação Florestal do Baixo Vouga, criada em 1999, como pólo agregador junto dos cerca de 700 produtores florestais.
“A aposta na floresta e no seu potencial tornou-se recentemente numa palavra de ordem deste Governo. Contudo, as visitas no terreno parecem confirmar que as palavras do Executivo não passam, como noutras áreas, de propaganda. Com efeito, o único aspecto relevante deste Governo em termos de política florestal foi a eliminação da secretaria de estado da floresta. Tudo o resto está na mesma. Basta uma primeira leitura do Orçamento de Estado para se verificar que 80% das verbas alocadas aos incêndios vão para medidas de combate quando deveria ser precisamente o contrário, numa aposta na prevenção, ou seja, num verdadeiro ordenamento florestal que continua mais uma vez adiado”.