A Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou Plano e Orçamento para 2025.
Aprovados os instrumentos de governação para o último ano do atual mandato em executivo de maioria relativa.
Documentos aprovados com 9 votos a favor do “Unir para Fazer” (8) e Chega (1) e 16 abstenções (PS e PSD).
Ouviram-se críticas dos partidos da oposição sobre “falta de iniciativa e falta de ambição” da maioria que tem nos projetos financiados pelo PRR as grandes bandeiras do mandato.
Pedro Martins, do PS, diz que Ílhavo é um caso idêntico a tantos outros no país.
Mesmo nos casos em que "não há dinâmica", o PRR acabou por permitir uma janela de oportunidade que garante orçamentos recorde devido aos investimentos de reabilitação em escolas, centros de saúde e habitação.
O Partido Socialista diz que a gestão independente pode gabar-se de ter cumprido o programa porque “pouco prometeu” no sufrágio de 2021.
Na votação do Plano e do Orçamento o Chega votou ao lado dos "independentes".
Sérgio Louro diz que há, no entanto, aspetos que podem e devem ser melhorados.
Fala, por exemplo, do setor da habitação.
O vogal do Chega diz que faltam soluções de construção a custos controlados para a classe média.
Do movimento Unir para Fazer ouviram-se críticas à abstenção dos partidos.
Pinto Reis diz que num documento com as características do que foi apresentado uma abstenção é como um voto contra.
Referência a projetos estruturantes e que vão marcar as próximas gerações e que, para a maioria independente, deveriam merecer outro sentido de voto das oposições.
Margarida Alves, do PSD, responde à crítica.
Diz que a abstenção não é o mesmo que um chumbo.
E acusa o Movimento de ter passado o mandato à espera desse chumbo e de condições para eleições antecipadas.
O deputada social democrata acusa a maioria de construir cenários para se vitimizar e favorecer quem não estava em posição de impor modelos de governação a qualquer preço.
O executivo reclama méritos na forma como estruturou o trabalho e chega ao último ano de mandato em condições de cumprir com algumas das obras mais desejadas pelo município.
João Semedo assumiu a resposta sobre obras públicas.
O vice presidente da autarquia, que tutela esta pasta das obras, recuou a 2021 para dizer que ao chegar à Câmara Municipal não havia trabalho de base que permitisse acelerar os processos logo que foi conhecida a apresentação do Plano de Recuperação e Resiliência.
Semedo diz que nem “estratégia” nem “planos”.
E que a preocupação foi responder às necessidades da população com definição das prioridades (áudio sintetiza as posições aqui enunciadas)
Plano e Orçamento aprovados e o pacote fiscal também recebeu “luz verde”.
A taxa mínima de IMI foi aprovada por unanimidade, a derrama por maioria (8 votos favoráveis da maioria independente, 16 abstenções de PSD e PS e um voto contra do Chega) e a comparticipação no IRS, também por maioria, com 9 votos a favor (Unir e Cheda) e 16 abstenções (PS e PSD).