O PSD não poupa nas críticas à abstenção do PS na aprovação do pacote fiscal referente ao IMI.
Com a redução introduzida, os Sociais Democratas dizem que o PS arranjou subterfúgio para não votar a favor ao defender que a redução deveria ser maior.
“Sinal de incapacidade e de inabilidade estratégica de gestão”, refere o PSD que vê nas posições socialistas uma visão “tendencialmente contra”, independentemente dos dossies e que, segundo o PSD, “não enobrece a democracia, fere o crescimento económico e social, e desrespeita as nossas gentes e a nossa terra”.
O tom do debate repetiu o registado no ponto dedicado a plano de atividades e orçamento.
Flor Agostinho assumiu a crítica na Assembleia Municipal registando “falta de coerência” no principal partido da oposição que há muito reclama a redução (com áudio).
À redução do IMI juntou-se uma diminuição da participação variável no IRS que os Sociais Democratas entendem possível apenas num quadro de gestão sustentável.
“Este pacote fiscal, com esta redução, só é possível pelo facto de termos uma Câmara estável, equilibrada, com rigor nas contas fruto de uma gestão responsável e séria”.
Em tempo de pandemia, o PSD diz que a proposta responde à “preocupação extrema com as famílias”, “com o equilíbrio social”, mas também “com o desenvolvimento sustentado” do Município.
Pedro Martins (PS) defende a abstenção como sinal que aprova a descida mas reclama a colocação da taxa em mínimos.
Lamentou que a redução da dívida se tenha tornado “obsessiva” numa altura em que o município integra posições cimeiras no anuário das autarquias.
Lembra que há vários anos defendia a proposta de redução tendo o mínimo como meta por entender que a evolução das receitas da autarquia dava folga para tal atendendo à valorização de imóveis (com áudio).
Fernando Caçoilo, autarca de Ílhavo, rebate a crítica socialista. Diz que sempre foi claro quanto às metas de redução da dívida (com áudio)