O Partido Socialista de Ílhavo levou à última sessão da Assembleia Municipal de Ílhavo a defesa de uma “necessária e urgente” reflexão sobre as elevadas taxas de abstenção.
Na sequência do apuramento do resultado das eleições europeias de 26 de maio, em que a taxa de abstenção em Ílhavo se fixou em 70,5%, cerca de 4 pontos percentuais acima da abstenção registada no distrito de Aveiro e 5 pontos percentuais do verificado no território nacional, Domingas Loureiro defendeu que este “flagelo” para as democracias ocidentais, “agravado de forma consistente” no Município de Ílhavo, deve merecer a “devida atenção de todos os autarcas eleitos do concelho”.
Sugeriu o debate entre todos os Partidos representados na Assembleia Municipal, “eventualmente no seio de um grupo de trabalho ali constituído”, com o objetivo de identificar as “raízes desta abstenção elevada” no concelho, refletir sobre “possíveis soluções” e a “apresentação de propostas de políticas autárquicas que materializem um efetivo combate à abstenção no concelho”.
Defende que o PS tem o tema na agenda e acusou a maioria de fugir ao debate e de não ouvir a população a propósito das principais medidas tomadas.
Recordou a necessidade de implementar o Orçamento Participativo e concretizar a instalação do Concelho Municipal de Juventude como “instrumentos de aproximação entre eleitos e eleitores”.
Do Bloco de Esquerda surgiu uma visão abrangente sobre o surgimento de movimentos inorgânicos que aproveitam o vazio dos partidos. Raquel Valentim alertou para os riscos (com áudio)
PSD e PP partilham a preocupação e dizem que é necessário refletir sobre o tema.
O autarca de Ílhavo, Fernando Caçoilo, tomou o exemplo das eleições Europeias para explicar que o debate esteve em tudo menos no futuro da Europa e que dessa forma é difícil mobilizar os cidadãos (com áudio)