Os vereadores do PS assumem a abstenção nas Contas de 2029 pela conformidade dos documentos com a ação da autarquia.
Numa análise aos documentos vertida em declaração de votos, os três vereadores da oposição lembram que o peso do serviço da dívida continua a ser significativo e resulta da ação de duas décadas de executivos liderados pelo Partido Social Democrata.
“Estes protagonistas são por isso responsáveis pelo serviço de dívida que a Câmara suporta, em 2019 como em anos anteriores, de mais d e 2 Milhões de Euros – excetuando deste valor as despesas relativas a empréstimos de curto prazo”.
E nem a redução do valor da dívida parece convencer o PS que acentua o esforço com o peso dos juros.
“Ainda que o valor da dívida tenha vindo a reduzir ao longo dos últimos seis anos e que o seu peso face à dimensão orçamental da autarquia seja suportável, não podemos escamotear que o custo anual da sua existência hipoteca uma parte importante da capacidade financeira da Câmara na resposta aos problemas do presente e aos desafios do futuro, resultante de orçamentos municipais sobre dimensionados que não resolveram (os problemas) muitos dos problemas estruturais do Município”.
O PS acentua que a coleta de impostos continua a ser generosa mesmo com a redução da taxa de IMI e mantém a tese da margem para redução da taxa para 0,3%.
A oposição critica a capacidade de execução das Grandes Opções do Plano por deixar “mais de 25% das prioridades da maioria PSD” por concretizar.
“Será eventualmente esta a razão para que a maioria PSD não sinta a necessidade de, perante o esforço fiscal que exige aos Munícipes, não o acompanhar da redução rigorosa da despesa corrente da Câmara”.
E acrescenta que pode justificar também a “ausência da resolução dos estrangulamentos do concelho, nas áreas da mobilidade, da criação de emprego e fixação de população ativa, da valorização dos nossos recursos ambientais e turísticos, da gestão territorial integrada e sustentável, do reforço das políticas sociais e da aproximação entre os eleitos e eleitores”.
Rede de saneamento, transportes, regeneração urbana na Gafanha da Nazaré e da Gafanha da Encarnação, falta de resultados da reabilitação no centro de Ílhavo e falta de visão estratégica são pontos negativos anotados pelo maior partido da oposição.