PSD e PS acusam a maioria independente Unir para Fazer de usar expedientes para contratar figuras ligadas ao movimento como solução para contornar chumbos decididos em reunião de Câmara.
A oposição alega o recurso a “expedientes burocráticos legais” para integrar na autarquia personalidades que foram vetadas por decisão da maioria dos vereadores, na votação conjunta de PSD e PS contra essas admissões.
Fátima Teles alega que a maioria não pode vitimizar-se uma vez que são raras as ocasiões em que os votos da oposição pesaram mais que os da maioria liderada por João Campolargo.
Fala em cerca de cinco chumbos em mais de mil propostas apreciadas ao longo de quatro anos.
Citou duas avenças (urbanismo e técnico de direção de cena do 23 Milhas), a aquisição da casa do gaveto e o aumento do tarifário do lixo no arranque do mandato a que se junta a proposta de avença apresentada há duas semanas.
Fátima Teles deixou vincada indignação pelos ditos expedientes legais que levam os "vetados das avenças" a criar empresas unipessoais que, depois, entram em prestação de serviço.
O chumbo de uma recente avença para a contratação de familiar de um eleito do movimento foi a gota de água que levou à denúncia publica.
A vereadora do PSD afirma que há “padrão” nas soluções encontradas para contornar os impedimentos.
Fátima Teles fala em falta de coerência de quem criticava as práticas dos partidos e anunciava práticas diferentes (com áudio)
Sérgio Lopes concorda com a crítica.
Alega que contornar decisões camarárias é um gesto que merece ser denunciado.
O vereador socialista tinha denunciado a última proposta de contratação, há cerca de 15 dias, e não esconde que as soluções encontradas para fazer chegar os novos colaboradores às funções não passam de “expediente”.
Sérgio Lopes critica "fórmulas" que não respeitam deliberações camarárias (com áudio)
João Campolargo acusa os partidos da oposição de procurarem denegrir a imagem da maioria independente a poucos meses das eleições.
O autarca de Ílhavo diz que, nalguns casos, nem conhece as pessoas contratadas e que aposta está na escolha de recursos qualificados.
Sobre a iniciativa dos partidos diz que é claro que apostam no desgaste da imagem do executivo por si liderado.
Campolargo vai mais longe e promete responder com a apresentação de casos do passado em que existiram, também, contratados com afinidades familiares (com áudio)