O PSD de Ílhavo acusa João Campolargo de se esconder no legado como “desculpa bacoca” para a “incompetência e a inoperância da Maioria que governa”.
É a reação às críticas do autarca que, ao fim de 18 meses de exercício, culpa a herança e a transição de poder pelas dificuldades enfrentadas no exercício do cargo.
A estrutura liderada por Fátima Teles apresenta, em público, a lista de obras que foram deixadas ao novo executivo de maioria independente e lembra que a sustentabilidade financeira era confirmada por rankings nacionais.
Um discurso que o PSD diz ser de vitimização mas desajustado da realidade.
“Não se esconda, Sr. Presidente João Campolargo atrás de desculpas bacocas e fora de prazo. Não se vitimize, quando a capacidade de gestão e a falta de estratégia de futuro são a moldura dos 18 meses que levam à frente dos destinos do Município”.
Em nota divulgada esta quinta-feira e que surge como reação às declarações do autarca na celebração da elevação da Gafanha da Nazaré à categoria de cidade, Fátima Teles arrasa a gestão de Campolargo e diz que o autarca devia estar grato pela herança.
“Será que o Sr. Presidente de Câmara, vem agora ao fim de 18 meses de gestão corrente, daquilo que lhe deixaram, manifestar a sua incapacidade e impreparação para o cargo, apontando o dedo à ´boa e excelente herança`, que tem sido, em boa verdade o seu ´verdadeiro abono de família`, para manter a atividade da Câmara, num nível digno, assim como, o manifesto das suas dificuldades ou incompetência, de colocar e manter o Município com a dinâmica que sempre foi reconhecida”.
Um discurso que recorda a presença no 29º lugar dos Municípios com melhor equilíbrio financeiro no ranking nacional e um “legado autárquico” feito de “reconhecimento múltiplo em diversas áreas de atuação e atividades”.
Quanto a projetos diz que havia 8 em fase de preparação e 16 obras a decorrer no valor de 6 milhões de euros.
Fátima Teles remata com referência ao processo de transição de poder para concluir que Campolargo quer levar o debate para o campo do populismo.
“O que lhe deixámos na ´meia hora` que refere foi um Município no caminho da modernidade, uma conquista fruto de muito empenho, conhecimento e visão, arrojo e muito trabalho, fora dos holofotes do populismo”.