O PS confirmou, esta manhã, Eduardo Conde como candidato à presidência da Câmara de Ílhavo. Militante do PSD até 2016 e que saiu em rotura com a direção concelhia do Partido Social Democrata, Conde assume o desafio da candidatura pelo PS.
O gestor, de 55 anos, tem sido rosto de contestação de uma política que classifica como "mais fechada". Defende que é tempo de criar novo ambiente (com áudio).
Foi apoiante da candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa e tem um histórico como presidente de Junta na Gafanha da Encarnação e autarca na AM de Ílhavo sob a bandeira do PSD.
"O PS cumpre o seu papel na promoção de um processo eleitoral esclarecido", anunciou Sérgio Lopes que vê no rosto de contestação às políticas do PSD a figura certa para agregar valores de uma candidatura que reúna valores da social democracia e do socialismo. Uma candidatura supra partidária.
"É um autarca aberto ao diálogo e às ideias de todos que dá garantias. Pela experiência e pela prática. Tem práticas políticas que nos identificam. É uma honra que tenha aceitado o convite", disse o presidente do PS Sérgio Lopes.
O dirigente afirma também que “Eduardo Conde dá garantias ao PS e aos Munícipes, pelo seu percurso cívico e político intenso, da sua preparação, como poucos, para liderar Ílhavo, da sua forte vocação para estabelecer desígnios com base no compromisso entre todos”.
Eduardo Conde defende que a sua experiência de autarca é essencial na confiança que sente ao assumir o desafio pela "relação próxima" com o tecido associativo apostando na conquista de vitórias nas quatro freguesias e nos órgãos municipais.
"Conheço por dentro o poder local, conheço as leis que nos regulam e defendo que temos que retomar valores de proximidade. É necessário paz social e diminuição da crispação política. Não há justiça social sem enraizamento dos autarcas na comunidade".
O apoio aos mais desfavorecidos, a competitividade, a escolarização, a valorização de novas áreas de negócio, o arejamento do espetro político e o surgimento de novas formas de pensar e sentir são os pilares da candidatura.
Conde diz que não abandona os princípios da Social Democracia mas quer levar "mais longe" as relações com a sociedade civil.
"O ar está irrespirável e o concelho precisa de ser feliz. A organização das grandes coisas depende da vontade de as fazer. Não quero viver continuadamente no passado e comunicar passado e tradição. É o futuro que me atrai, não é o passado que me empurra.
Conde afirma-se como "reformista", líder de candidatura "inclusiva", marcada por "audácia e arrojo".
"Precisamos de novo modelo que não assente na dívida. Precisamos de economias em rede. Quero levar a democracia mais longe em nome do mérito. Quero que cada cidadão que questiona a autarquia não saia com uma mão cheia de nada".
A promoção de independentes surge como aposta do Partido Socialista que fala em "lufada de ar fresco". "Disputaremos a vitória em todas as freguesias e todos os órgãos autárquicos", resume Eduardo Conde que vê a liderança de Fernando Caçoilo e a equipa cansadas.
"O Município perdeu dinâmica e liderança. Ílhavo deixou de existir".