Contas aprovas, por maioria, com abstenção do PS.
A Câmara de Ílhavo aprovou relatório de contas de 2021 com cerca de 4 milhões de euros em caixa que transitam para 2022.
No exercício económico de 2021, o Município de Ílhavo viu o seu ativo atingir os 184,4 milhões de euros (M€) face aos 182,1M€ em 2020, representando um ligeiro acréscimo de 1,23%.
Já o passivo contabilístico passou de 24,2M€ em 2020 para 23,5M€ em 2021, verificando-se uma diminuição de 2,86%.
No ano de 2021, os gastos atingiram o montante de 26,2M€, mais 4,2M€ que em 2020, o que corresponde a um aumento de 18%, justificado pelo aumento nas despesas com o pessoal, as aquisições de serviços e o reforço de provisões para processos judiciais a decorrer.
Os rendimentos atingiram os 26,4M€, mais 1,4M€ em relação a 2020. Consequentemente, os resultados líquidos cifraram-se apenas em 0,2M€ contra 2,9M€ de 2020.
O PS absteve-se em linha com a oposição feita às opções políticas do PSD, de que o PS divergiu, e que o relatório de 2021 retrata.
Sérgio Lopes deixou ainda aviso sobre a gestão da nova liderança política.
Seis meses depois da chegada de João Campolargo ao poder, o vereador do PS diz não encontrar qualquer sinal de mudança.
Defendeu o uso do saldo na melhoria das condições de vida dos cidadãos, deixando como exemplo medidas como a descida da carga fiscal e reforço em educação (creches) e saúde (centros de saúde).
Sérgio Lopes diz que os tempos atuais exigem maior capacidade de decisão (com áudio).
O PSD votou a favor.
Fátima Teles afirma que as contas são a confirmação do “rigor e equilíbrio” da gestão de Fernando Caçoilo.
Poucos meses depois de um debate sobre “heranças” que dividiu PSD e a nova maioria, “Unir para Fazer”, a reprtesentação Social Democrata entende que o relatório de contas é a “prova do algodão” (com áudio)
Cerca de 2 milhões de euros em provisões e 4 milhões de euros no saldo de gerência são, segundo a maioria, indicadores que ficam sobre a gestão camarária num contexto ainda incerto na cena internacional devido à pandemia e à guerra.
João Campolargo responde aos desafios da oposição com referências à consolidação do trabalho feito no passado.
Lembra que há dossiês como a conclusão da rede de saneamento e a reabilitação de edifícios que exigem concentração de esforços.
Quanto à carga fiscal, o autarca diz que a prudência é boa conselheira uma vez que não há fontes alternativas.
Mantendo o objetivo de reduzir o IMI, espera pela maturação de projetos para poder dar o passo em frente (com áudio)