A Câmara de Ílhavo aprovou, esta manhã, os protocolos de cooperação com as Associações de Pais do Município de Ílhavo referentes ao ano letivo 2024/2025 e ouviu apelos a que os acordos sejam antecipados para evitar constrangimentos de gestão.
As verbas a transferir totalizam 781 mil euros para associações de pais do 1º ciclo e pré-escolar e 8695 euros para 2º e 3º ciclos.
Poucos dias depois da presença de uma dirigente na assembleia municipal com, apelo à recalendarização, também o Partido Socialista deixou o recado à maioria que governa o Município.
Sérgio Lopes afirma que a autarquia dá relevo aos aumentos que têm servido para suportar subida de custos, nomeadamente encargos com aumento do salário mínimo nacional, mas esquece a importância dos timings.
Lamenta que os acordos sejam finalizados a um mês de terminar o ano letivo.
Lembra que são os saldos das associações que acautelam tesouraria para gerir a associação até que sejam celebrados novos acordos.
Sérgio Lopes adianta que as associações gerem as refeições, no papel de intermediário com as famílias, e perdem tempo com uma questão que deveria estar centralizada e que simboliza “gestão ineficiente”.
No rescaldo do debate, alerta para nova derrapagem em 2024/2025 (com áudio)
O vereador do PS apelou, ainda, a uma atualização dos valores uma vez que a prazo as associações serão obrigadas a aumentar os custos das mensalidades aos pais.
João Campolargo afirma que existe fórum de debate sobre a questão e que poucos manifestaram a sua preocupação pelo calendários e pelos valores.
Entende que todos revelaram conforto com o desfecho da negociação (com áudio)
O autarca de Ílhavo assegura que a preocupação é “tratar de forma igual as associações de pais” com atuação no pré-escolar e 1º ciclo com a cogestão de atividades de animação e apoio à família.
Lembra que em cada associação há um mundo diferentes em que sistema de quotas e outras que cobram valor por atividades.
Assegura que valoriza o trabalho das associações e justifica o aumento das compensações de 10 para 11 meses com a preocupação em torno da sustentabilidade das associações pelos encargos a 14 meses, nos casos em que existem contratos de trabalho.
Apelou a que pedidos e reclamações se façam no sítio certo, em reuniões de trabalho.
E admitiu que é necessário melhorar a contratualização deixando como sugestão a centralização dos serviços de contabilidade prestados às associações.
Inês Correia rosa, representante da Associação de Pais da Escola de Vale de Ílhavo e da Associação de Pais Pétalas e Gaivotas do JI e EB Gafanha de Aquém, tinha levantado a questão, na passada quarta-feira, em sessão da Assembleia Municipal.
Questionava o porquê de não ser possível incluir no orçamento anual, um adiantamento a pensar no arranque do ano letivo seguinte e ordenar os apoios em função do calendário do ano letivo (com áudio)
João Campolargo explicou, na sessão da Assembleia Municipal, que esta é uma questão dependente da validação de contas das associações de pais e que esse calendário condiciona a atribuição dos apoios.
O autarca diz que antecipação de verbas tem sido possível em casos pontuais mas que não regista carências ou desequilíbrios deixando elogio à gestão das associações de pais.