O presidente do Clube dos Galitos anunciou na mensagem de ano novo que vai reforçar a aposta nas modalidades e culpa o Estado pela falta de estímulos nas políticas de promoção do desporto e juventude e pela falta de desburocratização. E diz que o Estado só quer saber de clubes grandes num país “futebolizado”.
“As associações são tratadas como mais um contribuinte e não como parceiros essenciais que o podem ajudar no cumprimento do 79º artigo da constituição da Republica Portuguesa na sua missão de apoiar os cidadãos. Continuamos a cumprir regras descabidas e anacrónicas perante o propósito das associações, a preencher vezes sem contas os mesmos formulários para análise de situação, afundando-nos nas teias administrativas de uma interminável burocracia”.
Defende a criação de estímulos às empresas que apostem clubes locais ao invés dos clubes de Lisboa e Porto.
Quanto a Aveiro iliba a Câmara de responsabilidades e diz que existe uma relação institucional positiva mas lembra que nesse particular o Estado continua a ter palavra a dizer.
“Há vários anos e diversos governos que o desleixo atinge Aveiro. O Governo não consegue entender-se com a autarquia para largar a tutela administrativa de instalações que lhe pertencem, mas que na prática, não mantém, não gere nem se interessa por elas. Falamos da piscina e do pavilhão do DGD/INDESP/IPDJ a burocracia de que falámos não consegue simplesmente decidir depois de ter todos os dados para o fazer. O mesmo se passa com a zona da antiga lota onde se concentram as atividades náuticas da cidade que necessitam de um incentivo para crescerem e atraírem mais gente”.
António Granjeia anunciou a criação de uma secção de PADEL que começará a desenvolver atividade no terreno em 2018, em parceria com uma entidade privada. O projeto da secção de Padel começará pela construção, nos antigos campos de ténis, de uma infraestrutura de raiz adaptada ao Padel com 6 novos campos que permitirão a prática da modalidade durante todo o ano.
O dirigente não esqueceu a partida de figuras como Vitor Silva, Gaspar Albino, Evangelista de Morais Sarmento e José Nogueira.
Num ano em que Diogo Carvalho competiu ao mais alto nível garantindo presença nos próximos Jogos Olímpicos no Japão em 2020 e garantiu o quarto lugar nos campeonatos europeus disputados em Copenhaga, o Clube salienta os 52 títulos de campeão nacional nas modalidades e os 26 recordes nacionais.
A qualificação de instalações e a aposta no desporto náutico surgem como os grandes desafios do clube que pretende melhorar os acessos ao posto náutico.
“Mais um ano terminou e as nossas lutas, as lutas de Aveiro e do Galitos, estão exatamente no mesmo ponto de há um ano atrás. Não nos parece que seja por falta de interesse do clube, pois já não sabemos mais o que fazer. A único ponto a favor é a posição da autarquia que apesar de favorável se encontra bloqueada pelas autoridades da tutela. Queremos acreditar, sempre acreditar, que será possível, mas…”