O Movimento Associativo Estudantil e o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, reuniram esta semana e os estudantes lamentam que não haja “nada de novo” no discurso e nas práticas do Governo.
Os estudantes já tinham feito, no início do mês, um ultimato ao ministro, de quem esperavam uma resposta a um pedido de reunião havia quatro meses. Manuel Heitor aceitou encontrar-se com os representantes das Associações Académicas nesta quarta-feira.
Associações e Federações Académicas dizem que Manuel Heitor "recuou" no compromisso de uniformizar preços de inscrições e outros documentos nas instituições de ensino. E terminou sem garantias quanto à falta de residências.
Rever o Programa Mais Superior, que atribuiu uma bolsa extra aos alunos que decidem ir estudar para o interior, é a "única medida" apresentada pelo ministro.
Outro dos temas debatidos foi o facto de as instituições de ensino superior público aplicarem diferentes valores de taxas e emolumentos para os mesmos serviços.
Xavier Vieira (foto de arquivo), Presidente da Direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro, conclui que não há “nada de novo”.
“Estamos sem visão para o futuro. A reunião com o ministro foi demasiado sucinta e pouco concreta, agudizando o ambiente de incerteza relativamente ao futuro dos estudantes do Ensino Superior. Continuaremos a ter pretensão de discutir, no entanto, acredito que apenas será possível desenvolvimentos caso tenhamos reunião com o Primeiro-Ministro, António Costa."
Os estudantes universitários admitem fazer uma manifestação de protesto caso a tutela não resolva as questões apresentadas.