O PS de Estarreja deixa críticas à forma como a coligação PSD/PP optou pela formação de um executivo com cinco vereadores a tempo inteiro.
As vereadoras do PS, Catarina Rodrigues e Madalena Balça, afirmam que é sem surpresa que registam o alargamento do quadro de vereadores.
Acusam a maioria no poder em Estarreja, há mais de 16 anos, de aumentar a despesa municipal.
“Estarreja tem cerca de 26 000 habitantes. É um município de média dimensão. Elege 7 vereadores para o seu executivo. A Câmara Municipal tem um quadro de pessoal recheado de técnicos superiores, administrativos e assistentes operacionais que devem garantir que o trabalho técnico e operacional necessário está devidamente assegurado”, referem as vereadoras do PS que esperavam ver o executivo desenhar a “estratégia de desenvolvimento” e a “orientação política”.
Assumem que o programa desenhado teria em conta diferentes cenários de acordo com o número de eleitos e que não seria necessário sobrecarregar o erário público.
“Após uma breve consulta foi fácil confirmar que a esmagadora maioria dos municípios do distrito de Aveiro, numa demonstração de respeito pelo erário público, atribuem a condição de vereador a tempo inteiro a quem é efetivamente necessário e não a todos os eleitos da sua cor política, como acontece com a coligação vencedora das eleições em Estarreja”.
E na crítica associa a chamada de cinco vereadores à entrada de dirigentes dos partidos da coligação. “Sublinhamos que o quarto elemento da lista vencedora é o Presidente da Comissão Política do PSD e o quinto é o representante do CDS-PP. Percebe-se assim facilmente a verdadeira razão para a sua necessidade a tempo inteiro”.
O PS vê na chamada de cinco vereadores a tempo inteiro um “ato de puro clientelismo político”.