Depois de Albergaria onde o PAN pediu mão firme da autarquia sobre a empresa concessionária da recolha de lixo, agora é Estarreja a admitir problemas com a empresa que geria essa recolha.
A Luságua, do grupo Aquapor, está debaixo de fogo e Diamantino Sabina, Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, assumiu constrangimentos na recolha mas garante que a situação "é temporária”.
A autarquia reage publicamente e diz que não está indiferente à insatisfação dos munícipes e, neste momento, está a trabalhar com mais quatro municípios “num novo procedimento de contratação pública que assegure um serviço de qualidade e que corresponda às necessidades da população”.
Depois de uma avaliação exaustiva da performance do contrato com a Luságua, celebrado em 2013 e com a duração de cinco anos, o executivo constatou “falhas na recolha diária dos resíduos urbanos e na limpeza e higienização dos contentores”, verificou que o material está “deteriorado” e que a empresa “não dispõe de recursos humanos suficientes para a prestação dos serviços”.
Explica também que as exigências de hoje são totalmente distintas das definidas anteriormente.
Segundo o vereador Carlos Valente, responsável pelos Espaços Verdes Públicos, Higiene Urbana e Resíduos Sólidos, a complexidade do novo procedimento de contratação pública internacional e em consórcio, que exige um complexo caderno de encargos que inclua “penalizações, sanções e medidas de controlo, não foi possível a contratação de um novo serviço”.Carlos Valente lembra que não poderia deixar cair a concessão do dia para a noite e que ao renovar contrato por mais um ano procurou ganhar tempo para pensar “numa reestruturação profunda em termos de formulação contratual”.
Diamantino Sabina realça que “o Município de Estarreja está a encetar todos os meios ao seu alcance para resolver esta situação com a maior brevidade possível que a todos causa grande transtorno e preocupação.”