“É tamanha e injustificada esta exclusão, fazendo da Região de Aveiro uma ilha de injustiça, que se reivindica uma imediata iniciativa legislativa de correção" - Joaquim Batista (CIRA)

Poucas horas depois da Câmara de Aveiro também a Comunidade Intermunicipal da região toma posição pública sobre a manutenção de três pórticos na A25.

Recorda que desde Maio de 2010 luta contra as portagens na A17, A25 e A29.

A estrutura liderada por Joaquim Batista diz que não pode aceitar que “por incompetência ou ligeireza” na proposta de lei, se mantenham 3 portagens em Aveiro e Albergaria-a-Velha.

“É tamanha e histórica e injustificada esta exclusão, fazendo da Região de Aveiro uma ilha de injustiça, que se reivindica uma imediata iniciativa legislativa de correção, colocando os nossos Cidadãos no mesmo plano de igualdade nacional, após década e meia de discriminação negativa, agora agravada”.

Além da “posição de princípio de que não há alternativas nacionais capazes”, sublinha que a via estava já construída com o actual formato quando foi entregue à concessionária da “Costa de Prata”, apontada como motivo para a manutenção de pórticos por se tratar de uma concessão diferente.

Lembra que o mais recente relatório enviado ao Governo a 2 de Setembro de 2024, após a entrada em funções de Luís Montenegro, foi atualizado.

No capítulo “As Portagens na A25, A17 e A29 … e os investimentos em Vias Alternativas”, a CIRA defendeu o fim das portagens na A25 por considerar que esta via deveria ter um “regime excecional dado o seu carácter único na servidão rodoviária da ligação entre a Região de Aveiro e Castela / Leão, Espanha”.

A CIRA aplaude o fim das portagens mas diz que não pode “aceitar e muito menos compreender as razões que possam justificar o facto da gratuitidade de circulação da A25 não se aplicar a toda a sua extensão”.

Considera que o quadro atual “descrimina profunda e negativamente” a população e a economia da região de Aveiro.

“Sempre defendemos o fim das portagens dentro da nossa região como um elemento indutor de coesão social e económica. Nunca compreendemos o facto do acesso ao porto de Aveiro ser sujeito ao pagamento de portagens”.

E, ao mesmo tempo, desafia o Governo a pensar na construção de vias alternativas à EN109, entre Ovar e Vagos, que recebam o tráfego da A17, A25 e A29 evitando a circulação dentro de zonas densamente povoadas.

Defende a construção de uma variante à EN1/IC1, nomeadamente na zona de Anadia e Águeda, “por questões de segurança e fluidez de tráfego”, defendendo como base o corredor definido para a A32.

E apelou, ainda, ao financiamento para proceder à municipalização de Estradas Nacionais desclassificadas.