O Estado de Calamidade imposto ao concelho de Ovar e a consequente implementação da cerca sanitária, vai ser levantado a partir de amanhã. A decisão do Governo foi tomada com a indicação das autoridades de saúde locais e regionais e tendo em conta a preparação do município para um eventual aumento do número de casos.
Já esta manhã, Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar, mostrava-se de acordo com a esperada decisão.
"Não tenho muitas dúvidas, que o estado de Calamidade em Ovar, será levantado, passando ao Estado de Emergência Nacional que vigora e vigorará, no resto do País, retirando-se por consequência a cerca sanitária a partir do dia 17 de abril", esclareceu o autarca.
No passado dia 2 de abril, o Governo prorrogou a situação de calamidade e a cerca sanitária no concelho de Ovar até amanhã, 17 de abril.
Quarta-feira, depois de ter participado numa reunião no Infarmed, com cientistas e peritos em Covid-19 e os principais governantes do país, Salvador Malheiro afirma que a cerca será levantada. O autarca diz que tal medida será, "boa para a nossa economia local, e sobretudo para a saúde mental, de todos os nossos munícipes", escreve o autarca num post no Facebook.
Explica que esta decisão que será tomada por despacho governamental, resulta dos seguintes fatores que, inúmera.
"O otimismo prudente, reinante nos nossos governantes, e na classe científica relativamente ao panorama nacional; o facto do estado de calamidade, decretado em Ovar, designadamente a cerca sanitária ter resultado, fruto de uma enorme capacidade de operacionalização e concretização; os bons resultados, obtidos em matéria de saúde pública em Ovar, nas últimas semanas e o sinal que se pretende, dar já, à economia".
Salvador Malheiro realça, ainda, o facto de, agora, "existir uma verdadeira máquina municipal de saúde, instalada em Ovar, capaz de fazer face a eventuais percalços" e que as autoridades terão, ainda, tido em conta o seu "contributo/opinião pessoal", sobre esta matéria.
Contudo, deixa o alerta para o facto de ser necessário evitar todos os possíveis "reacendimentos". "Temos que, tudo fazer para que o esforço do povo vareiro e dos seus empresários, não seja levado por água a baixo", disse.
"Temos todos que nos comportar, no futuro, como infetados ou potenciais infetados, cumprindo escrupulosamente as regras e promovendo o isolamento social", concluiu.
Fonte: JN