O CDS-PP deu hoje entrada na Assembleia da República de um Projeto de Resolução que recomenda ao Governo que requalifique e modernize a Linha do Vouga, ligando-a à Linha do Norte (em Espinho) e incluindo-a no Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020.
O Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020 não faz referência à Linha do Vouga e os deputados temem pela falta de investimento.
Assinado pelos deputados João Almeida e António Carlos Monteiro, ambos eleitos pelo círculo de Aveiro, e Hélder Amaral, Pedro Mota Soares, Cecília Meireles, Ana Rita Bessa e Nuno Magalhães, o documento frisa que a modernização e requalificação da Linha do Vouga “é uma aspiração legítima” das populações dos concelhos servidos pelo seu percurso “e não a concretizar é ignorar a sua importância enquanto fator de coesão da região”.
Atualmente, a Linha do Vouga é o único troço de bitola métrica ainda em exploração, desenvolvendo-se em dois ramais – Aveiro/Águeda e Espinho/Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Oliveira de Azeméis/Albergaria-a-Velha, servindo 44 estações e apeadeiros, numa extensão de 96 quilómetros, estando suspensa a circulação ferroviária de passageiros entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga.
Os deputados lembram que o eixo urbano abarca mais de 300 mil habitantes considerando que não investir na Linha do Vouga “é ignorar a enorme importância de uma vasta região que, sob o ponto de vista económico e industrial, é uma das mais significativas do país”.
“Verifica-se um desequilíbrio entre o norte e o sul da Área Metropolitana do Porto, uma vez que os concelhos de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho se encontram privados de uma eficaz ligação ao Porto. A reabilitação e requalificação da Linha do Vouga permitirá encurtar distâncias, e fruto da integração do sistema intermodal Andante, tornar os concelhos referidos parte integrante da AMP.
Foto: Transportes XXI