O CDS-PP quer resultados mais céleres das análises realizadas às águas onde é permitida a pesca tradicional de bivalves.
Através de um projeto de resolução, cujo primeiro subscritor é o deputado João Pinho de Almeida, os deputados do CDS-PP querem que a Assembleia da República recomende ao Governo a criação de métodos que permitam resultados mais céleres das análises realizadas às águas onde é permitida a pesca tradicional de bivalves, e o estabelecimento de um dia fixo para divulgação dos resultados dessas análises, por forma a permitir aos mariscadores um planeamento da sua atividade, sem provocar prejuízos avultados no seu sustento diário.
O tema voltou a estar na agenda com as estruturas sindicais representantes do setor a pedirem intervenção do Estado.
Hoje, uma reportagem do JN, dá conta das dificuldades sentidas no setor.
O PP lembra que o Estado de Emergência que resultou da pandemia pela doença Covid-19, afetou gravemente os pescadores artesanais, entre estes, os mariscadores, que fazem do seu modo de vida a apanha de bivalves.
Na zona de pesca artesanal da Ria de Aveiro, o maior consumidor é o mercado espanhol. Mas a situação quase catastrófica que se tem vivido no país vizinha, sem que se tenha perspetiva de diminuição da pandemia, deixou os mariscadores da Ria de Aveiro sem grande parte do trabalho que tinham.
A pandemia e a poluição são fatores que dificultam a operação.
“A retoma tem, por isso, sido lenta e difícil”, refere o PP que pede resposta na questão dos resultados das análises do IPMA às águas.
“Esta situação, além dos prejuízos que origina à comunidade, representa também uma elevada mortandade de recursos naturais, já que os bivalves são devolvidos à Ria, mas muitos deles já mortos”.
As análises do IPMA às águas da Ria de Aveiro são realizadas com periodicidade semanal. Mas como os resultados podem demorar até 72 horas, são normalmente divulgados ao fim do dia e obrigam a deitar fora toda a apanha feita naquele dia.