A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) aprovou esta tarde uma Proposta de Regulamento para viabilizar a Campanha de Dinamização do Comércio local “Compre o que está mais à mão! Opte pelo comércio no nosso Município”, assim intitulada. Constitui-se como uma forma, segundo a Autarquia, de apoiar o comércio local, como referiu a Vereadora Fátima Teles. (com áudio)
Eduardo Conde (PS) apoiou a ideia mas criticou o ‘timing’ e a abrangência desta Campanha de apoio. (com áudio)
O Executivo Municipal de Ílhavo reuniu esta tarde em sessão pública na Biblioteca Municipal.
A Campanha de Dinamização do Comércio Local assegura um apoio de 100 mil euros, que visa incentivar o consumo no comércio tradicional.
Os estabelecimentos que aderirem a esta iniciativa, depois de formalizadas as respetivas candidaturas e após a sua validação pelos serviços da Autarquia, efetuarão um desconto direto de 15% em cada compra igual ou superior a 15,00 euros, até ao máximo de 100,00 euros por compra.
Este desconto "será reembolsado pela Câmara Municipal na terceira semana de cada mês e no prazo máximo de 10 dias úteis".
Podem candidatar-se a este “Desconto CM Ílhavo” os espaços comerciais com área até 200 m2 e que estejam integrados nas seguintes classes de Atividade Económica (CAE) e respetivas subclasses: 47 - Comércio a retalho (exceto de veículos automóveis e motociclos); 55 – Alojamento; 56 - Restauração e similares; 931 - Atividades Desportivas; 95 - Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico; e, ainda, 96 - Outras atividades de serviços pessoais.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo, "esta Campanha e este valor significativo de 100 mil euros são encarados como um investimento no desenvolvimento da economia local, na economia das famílias, na inclusão e na solidariedade, claramente endereçado às famílias e aos setores da economia local que mais têm sido atingidos pela pandemia".
Eduardo Conde vê pertinência no apoio de 100 mil euros, sob a forma de comparticipação de descontos na venda de produtos ao consumidor final, que o regulamento aprovado prevê colocar em marcha, assim que vigorarem regras de desconfinamento por um período que durará até junho.
O autarca do PS defendeu que o valor em causa é um investimento de dimensão residual face à capacidade financeira da Câmara e que, nesse sentido, deveria ser maior e alargado a todo o ano de 2021.
O Vereador, que é também candidato à presidência da Câmara, alertou que este apoio é tardio, pois ignora as dificuldades vividas no presente, em período de confinamento que encerrou muitos negócios.
A autarquia deve ter, no entendimento de Eduardo Conde, um pacote de apoios imediatos ao comércio local, sob pena de daqui a algumas semanas já ser tarde demais para muitos negócios em risco elevado de falência.