Os prazos serão cumpridos e os últimos dias de Agosto devem chegar para cumprir com os trabalhos Rotunda do Botafogo, em Verdemilho. A garantia foi deixada por Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, no dia em que foi assumida a compra de alguns terrenos importantes para cumprir este projeto.
O autarca foi questionado pela demora numa obra de “pequena dimensão” que aparentemente não teria grandes complicações e cuja construção caminha para o final. Revela que este é um dos casos em que há obra que não se vê e que os prazos do concurso serão cumpridos (com áudio).
“Felizes os que são incomodados com obras” é a expressão utilizada para o autarca sempre que surgem queixas. A rotunda do Botafogo está a condicionar a circulação entre Aveiro e Ílhavo na EN 109 há três meses e é uma obra que ronda os 150 mil euros.
Este processo foi marcado para aquisição adicional de terrenos essenciais à instalação rotunda. O Executivo Municipal deliberou a revogação da deliberação tomada em reunião de Câmara, datada de 25 de Julho de 2013, relativa à ratificação da aprovação da minuta do protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Aveiro e a aprovação da minuta de acordo de revogação bem como a aquisição, a título oneroso, das áreas adicionais, nos valores de 8.467,20 euros e 3.304,35 euros, respetivamente.
De igual modo foi aprovada a alienação, a título oneroso, da área de 22,10m2 referente à parcela de terreno adquirida pelo Município, por deixar de ser necessária.
A autarquia confirma alterações de uso, na área da casa do avô de Eça, com menos área construtiva e a possibilidade de criar um posto de combustíveis na proximidade da nova rotunda.
Estas operações, assim como os objetivos de ocupação do terreno da Casa do Avô de Eça de Queirós, acordados entre autarquia e proprietários, motivaram a execução e a aprovação pelo Executivo Municipal do novo Estudo Urbanístico da Área Envolvente à Rotunda do Botafogo, "garantindo a sustentabilidade das operações urbanas perspetivadas e a preservação dos valores culturais".
A Câmara de Aveiro revela que está a trabalhar com a Fundação Eça de Queiroz no futuro da Casa, próxima da rotunda, mas admite que é complexo perspetivar um equipamento cultural de grande dimensão atendendo às dificuldades financeiras sentidas em Portugal. A proteção da fachada será o objetivo prioritário.
"Não há condições para museus de 4 milhões de euros mas queremos manter o valor histórico da casa, com a manutenção da fachada original".