O Plano de reorganização das Ambulâncias de Emergência Médica continua a motivar a intervenção das forças políticas sobretudo em Ovar e Espinho.
Apesar de evitado o impacto das propostas de redução de meios sobre os utentes do concelho de Ovar, o Bloco de Esquerda considera que é importante que os Ovarenses “estejam atentos a estes últimos desenvolvimentos”.
Salienta que a solução encontrada só foi possível com o esforço dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. “Não sendo esta uma solução definitiva, nem refletindo um reforço dos meios, é importante que os utentes e profissionais de saúde se mantenham atentos à evolução desta situação, por forma a poderem reagir a futuras tentativas de redução de meios”.
A questão surgiu no início deste ano quando chegou a estar previsto o fecho de oito Ambulâncias de Emergência Médica, incluindo a de Ovar e Espinho, e a redução de horário noutras ambulâncias. Depois dessa intenção surgiram reações de vários quadrantes a defender a manutenção.
Abril trouxe um novo modelo para a constituição de Postos de Emergência Médica com ambulâncias entregues a Corpos de Bombeiros e à Cruz Vermelha e com reformulação da estratégia para evitar o encerramento em Espinho.
Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar aceitaram garantir com trabalho extraordinário o funcionamento da ambulância.
O PP questiona o Governo sobre o encerramento dos turnos da AEM de Espinho uma vez que as equipas das Ambulâncias de Emergência Médica de Gaia e Espinho tornaram pública uma carta aberta a propósito do encerramento dos turnos das AEM nos dois concelhos.
Os deputados do CDS-PP pedem ao Ministro “confirmação dos dados das equipas das Ambulâncias de Emergência Médica de Gaia e Espinho, de que foram efetuadas tantas ou mais saídas que os meios de outras localidades, contrariando o argumento do INEM da baixa casuística de saídas à noite, de que com o encerramento dos turnos da tarde e noite, as equipas das Ambulâncias de Emergência Médica de Gaia e Espinho serão mobilizadas para assegurar a operacionalidade de outros meios de emergência, nomeadamente na área do grande Porto”.
Os deputados questionam ainda o Ministro sobre se este tem conhecimento de que o novo modelo implica cerca de 300 turnos para 23 técnicos, já com escala preenchida em outros meios, "e se não considera ser razoável que o excedente seja libertado, permitindo assim aos técnicos assegurar os turnos, como sempre o fizeram, em benefício das populações que servem".
O PP associa os problemas registados à redução do horário de trabalho, de 40 para 35 horas semanais, “o que provocou um aumento de horas extraordinárias a pagar aos técnicos de emergência, por um lado, e, por outro, a falta de profissionais em número suficiente para garantir turnos de 24 horas, como acontecia até aqui”.