O Bloco de Esquerda reagiu às declarações de Ribau Esteves sobre o projeto “Rota Segura para a escola” e diz que não está ligado a essa área cívica de intervenção.
O autarca, recandidato, afirmou ontem que a posição crítica assumida pelos autores do projeto encerrava uma atitude própria da época de campanha por ter pessoas ligadas ao BE.
Em nota divulgada ontem à tarde, o Partido disse que Ribau Esteves “está distraído”.
“O Bloco de Esquerda é crítico do modelo de Orçamento Participativo da autarquia e continua a criticar os 10% de pagamento forçado aos autores de projeto. Naturalmente, pelo que sabemos, nenhum membro do Bloco se envolveu neste tipo de orçamento participativo”.
A polémica mereceu ainda a exibição da comunicação enviada pela autarquia ao coletivo proponente das rotas seguras.
O vereador responsável pelo acompanhamento do orçamento participativo explicou aos proponentes que “não foram apresentadas propostas ao procedimento por Consulta Prévia” e que seria necessário voltar a “avançar com novo procedimento, nos mesmos moldes, com consulta às mesmas entidades”.
Explica ainda que a sinalética exige cuidados para poder ser entendida por todos e que a “sinalização horizontal poderá gerar conflito com a sinalização prevista no Código da Estrada, e dificilmente será entendida por qualquer pessoa”.
Alerta ainda para para a distinção de percursos lembrando que a Rota Segura deve estar em “todos os arruamentos urbanos”
O mesmo responde sobre a sinalização vertical que, segundo o vereador, “poderá não ser facilmente apreendida”, mas admitindo “enquadrá-la numa experiência para testar percursos que facilmente poderão ser alterados”.
Diz que o passo vai ser dado desde que prevista a “sua localização específica de forma a não agravar o número de obstáculos nos passeios”.
Quanto à envolvente às escolas, João Machado diz que as obras em fase de arranque tornam inoportuna a introdução de alterações.
O Município explicou ainda que não aderiu à semana da mobilidade “tendo em conta o período pré-eleitoral” e reafirmou a importância do projeto no quadro das iniciativas “fundamentais para alterar o padrão de mobilidade”.