Aveiro: Oposição diz que venda de terrenos diminui opções da autarquia para intervir no setor da habitação.

Os partidos da oposição na Assembleia Municipal de Aveiro gostariam de ver os terrenos que vão a hasta pública disponíveis em soluções de habitação a custos controlados e dizem que a autarquia pode estar a contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário.

Debate sobre a autorização da Hasta Pública para a alienação de Imóveis Municipais.

Será a segunda tentativa para alienar um total de 20 imóveis com preço base de 15,1 milhões de euros.

Uma das peças é o terreno junto ao antigo Centro de Saúde Mental de São Bernardo.

António Salavessa, do PCP, defende que a autarquia deveria ir com prudência para deixar margem aos futuros eleitos nas autárquicas de 2025.

Entende que o futuro pode trazer novas perspectivas para o setor da habitação.

"Acho que se deviam oportunidades ao novo executivo, seja ele qual for. Poder infletir alguma coisa na política de habitação com mais no social e menos no mercado. Vender os terrenos diminui essas opções".

Francisco Picado, do PS, concorda que havia condições para colocar a Câmara a fomentar a construção a custos controlados.

Entende que os valores comerciais praticados são proibitivos para muitas famílias aveirenses e que era tempo da autarquia agarra em mecanismos que permitam conter os valores praticados (com áudio)

Bruno Costa, do PSD, realça a disponibilização de imóveis que estando na esfera pública não estão a servir o interesse público.

Acredita que esses imóveis podem ser uma alavanca no setor da habitação.

"São imóveis da autarquia mas sem um fim comum de utilização. É positivo que sejam trocados por possibilidades de investimento".

João Moniz pede reforço do investimento público no setor da habitação.

Venda ou arrendamento de habitação a custos controlados para a classe média é uma urgência que deveria, segundo o BE, vincular a autarquia.

"Tem que haver mais construção nesse setor mas não chega. É preciso fazer construção a custos controlados para arrendamento e para venda". 

Marta Dutra, do PAN, pede papel mais ativo ao Município.

Diz que a habitação é também arma no combate à exclusão social (com áudio

A maioria PSD-CDS defende a necessidade de aumentar a oferta de habitação e assume compromisso de investir as receitas resultantes da hasta pública.

Ribau Esteves afirma que o Município tem rácios de habitação social que deixam o município bem colocado na oferta pública.

Com a hasta pública tenta fomentar alternativas para chegar à classe media local.

Quanto à construção de base social afirma que o Município tem rácios interessantes entre a construção de habitação social e fogos totais.

Insiste que mais do que a nova construção há preocupações com a manutenção do parque existente, lembrando os casos do Caião e do Griné (com áudio)