Alberto Souto Miranda assegura que em 2025 não será candidato à Câmara de Aveiro.
O antigo autarca reage a declarações do atual autarca que considerou inusitada a ação do PS de revisitar mandatos exercidos por Souto há mais de duas décadas.
Nessa referência feita ao evento em que Alberto Souto falou de projetos e da gestão autárquica, Ribau considerou que Aveiro não pode continuar a olhar para o passado e classificou o legado como “mau”.
O antigo autarca não gostou da forma como a questão foi abordada e deixou claro que a sua participação na vida aveirense não visa qualquer candidatura.
“Nas próximas eleições, nem eu, nem o Eng. Ribau seremos candidatos. Devia preocupar-se, então, com a obra que vai deixar e não com a que eu deixei. Quantitativa e qualitativamente não cometo sequer eu a injustiça de as comparar. Foi muito futuro o que construímos e é no futuro que estou concentrado”, escreveu Souto na página pessoal no facebook.
Um texto que passa em revista o investimento público e a fase de governação que se seguiu.
Alberto Souto continua a defender que o problema não esteve na sua gestão mas na gestão de Élio Maia.
“Quanto à dívida, o Eng. Ribau esquece que ela era sustentável e foi por isso toda visada pelo Tribunal de Contas. Esquece que 40% dela era imputável ao Estádio, aprovado pelo PSD também. Esquece que o governo do PSD de então sabotou a venda do velho Estádio Mário Duarte à Universidade…Esquece que, quem descontrolou a dívida e a Câmara foi o meu sucessor, à frente de uma coligação PSD/CDS, durante oito anos”.
Souto insiste que houve “muitas mentiras” em torno da dívida e que é impossível omitir a “importância da obra”.
“Tentar apoucar este legado ridiculariza quem o tenta. Mentiu-se muito sobre a dívida. Agora querem omitir a importância da obra? Mas estas obras resistem a toda a retórica de revisionismo da História. Por muito que isso incomode alguns, cruzamo-nos todos os dias com elas, fruímo-las e são elas que permitem que Aveiro seja hoje uma cidade e um Concelho com muito boa qualidade de vida. Sem elas seria uma vilazinha simpática, com um Rossio esburacado e uma Avenida descaracterizada”.