O CDS-PP critica, pela primeira vez, o discurso de Alberto Souto Miranda na condição de candidato do PS à Câmara de Aveiro.

Em comunicado assinado pela Presidente da Concelhia, Ana Cláudia Oliveira que é, também, vereadora na CMA, o CDS faz uma análise às intervenções críticas de Souto para dizer que um candidato deve estar mais centrado nas suas propostas do que na ação de quem Governa.

Recorre a uma das mais recentes intervenções de Souto, a propósito da apresentação do projeto do novo arquivo municipal, para esclarecer que a coligação está e vai continuar coesa.

Souto tinha dito que Ribau criticara, nesse dia, antigos responsáveis da pasta, nomeadamente o vereador eleito pelo CDS, por tratarem o espólio do Município como lixo.

O CDS reage e diz que Souto está a faltar à verdade.

“Tal afirmação é completamente falsa. A realidade é que foi durante o mandato do PS, liderado por Alberto Souto Miranda, que a má gestão do arquivo municipal se iniciou, com uma degradação progressiva ao longo do tempo”.

Ana Cláudia Oliveira defende a coesão da coligação e diz que não é com “disputas pessoais, guerrilhas políticas ou jogos de palavras” que se chega ao eleitorado.

“Ao adotar essa abordagem, o candidato parece mais preocupado em criticar do que em apresentar aos Aveirenses propostas concretas que realmente possam convencê-los de que é capaz de fazer mais do que oferecer sonhos vazios escritos em livros de fantasias e contos de fadas”.

O comunicado do PP assume o legado de vários mandatos e sublinha a presença do Partido na governação há mais de 40 anos como “reflexo da confiança no trabalho desenvolvido pelo partido ao longo das décadas”.

A Ribau Esteves, o CDS dedica palavras de reconhecimento pela liderança política.

Diz que a “confiança consolidou-se ainda mais”, relevando o “trabalho de recuperação financeira, a melhoria das infraestruturas e o compromisso com o desenvolvimento da Cidade”.

Na comparação da gestão dos ciclos políticos protagonizados pelo PS, há quase 3 décadas, e pelas coligações integradas pelo CDS, nos últimos 20 anos, Ana Cláudia Oliveira diz que as diferenças estão à vista.

Fala da passagem de uma “gestão irresponsável” para um “legado sólido”.

“Reconhecemos e valorizamos quem chega agora com vontade de construir o futuro, mas lembramos que o futuro exige tempo, visão e, acima de tudo, um projeto consistente. No entanto não vemos credibilidade no Dr. Alberto Souto Miranda que promete mundos e fundos aos Aveirenses e após o seu último mandato, a gestão da autarquia ficou marcada por um longo processo de recuperação financeira, que exigiu a intervenção do Governo e a alienação de património público”.