David Iguaz avança com queixa por difamação contra Ribau Esteves a propósito das declarações do candidato da Aliança com Aveiro sobre a presença de candidatos da coligação Viva Aveiro enquanto delegados em várias mesas de voto.
Na semana antes de eleições, o autarca recandidato à Câmara de Aveiro dizia que apesar de ser legal essa presença era uma forma de tentar condicionar o voto dos aveirenses e citou os casos de Manuel Sousa, na candidatura à Câmara, e David Iguaz, na candidatura à União de Freguesias da Glória e Vera Cruz.
Em artigo publicado no Diário de Aveiro e no Notícias de Aveiro, Iguaz diz que o procedimento “é perfeitamente corrente e democrático em qualquer acto eleitoral”, salientando que no dia das eleições houve apenas 3 delegados presentes pela Coligação PS/PAN nas 22 Mesas de Voto da Glória e Vera Cruz, “contrastando com cerca de 20 delegados do PSD/CDS-PP/PPM nessas mesmas mesas”.
Em artigo divulgado no final da semana passada, Iguaz diz que não poderia ficar calado.
“A nível pessoal, irei submeter uma queixa por difamação ao Ministério Público pela notícia divulgada pela agência Lusa, e publicada no Diário de Aveiro do dia 24 de Setembro entre outros meios de comunicação, segundo a qual Ribau Esteves denunciava um esquema do PS/PAN para fazer campanha no dia de eleições pelo simples facto de eu estar como delegado em várias mesas de voto”.
O candidato derrotado por Fernando Marques devolveu a crítica e diz que há na CNE queixas pelo uso de meios de divulgação públicos antes de eleições.
“Não tivemos outra alternativa senão a de submeter 7 queixas à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Câmara Municipal de Aveiro e algumas Juntas de Freguesia pela utilização abusiva de meios de divulgação públicos e institucionais em benefício de candidaturas partidárias, contrariando assim o disposto em instruções emanadas da CNE”.
Iguaz reconheceu a derrota numa eleição em que colocava o projeto do Rossio a “referendo” e prometeu oposição “responsável”.
“Só nos resta confirmar o nosso compromisso de que iremos fazer uma oposição responsável e íntegra, procurando não descer ao nível do atual presidente que só conhece uma forma de fazer política, a da crispação, mentira e insultos, que mesmo depois de vencer as eleições, não abdica de continuar a usar a comunicação social, como sempre fez, para manter este estilo de autocracia do insulto e manipulação”.