A consulta do plano de pormenor do Cais do Paraíso termina hoje e o documento volta ao executivo dentro de uma semana.
É um dos temas do momento e que tem marcado a pré-campanha para as autárquicas.
Reunião Extraordinária a 27 de agosto de 2025, quarta-feira, às 16h30, para deliberar sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e a alteração ao Regulamento Urbanístico do Município de Aveiro.
Esta Reunião terá caráter público e incluirá uma sessão de audição pública, prevista para as 17h30, possibilitando a participação dos cidadãos interessados.
O documento está em consulta pública, em Agosto, o que mereceu críticas de vários quadrantes políticos, unindo BE, IL, PS e Chega que procuraram comprometer o candidato da AD, Luís Souto, com uma posição, sem conseguir retirar o candidato à sucessão de Ribau Esteves da posição institucional em defesa da valorização de uma área degradada.
Alberto Souto Miranda tem sido um dos principais opositores à possibilidade de consentir a construção de uma torre com 12 andares às portas da cidade classificando o enquadramento como “inadequado para receber tal volumetria e cércea”.
Fala de um “prédio Coutinho” à moda de Aveiro agora que Viana do Castelo de vê livre de um processo com anos de arrastamento até à demolição.
O candidato do PS contesta que as alterações sirvam o “interesse privado” do comprador do terreno dos Boia & Irmão deixando claro que o Plano de Pormenor “deve corresponder ao interesse público e não o contrário”.
Defende que a dois meses das eleições e numa atitude de “boa-fé política” a solução urbanística para a zona deveria ser deixada ao novo Executivo.
Lamenta que o tratamento dado ao espaço se enquadre no campo da “especulação imobiliária”.
Diogo Machado, candidato do Chega, já prometeu presença na reunião pública de Câmara da próxima semana.
Promete “questionar publicamente o Presidente Ribau sobre este crime de lesa-Aveiro que pretende levar por diante”.
Assume “oposição” a um "fato feito à medida" e que, segundo o cabeça de lista à Câmara, “descaracterizará de forma definitiva uma das mais belas entradas da nossa Cidade”.
A autarquia acredita que a revitalização daquela área é uma obrigação e está perante uma oportunidade.
Com a instalação de hotel e área de congressos, entende que será criada “âncora para a dinamização económica”, mobilidade sustentável, valorização ambiental (áreas verdes) e energética favorecendo a “integração de diferentes usos” e a “vitalidade urbana”.
Em simultâneo diz que será conseguida a “requalificação patrimonial e educativa” com a inclusão do moinho de vento como elemento de educação ambiental.
A área territorial de intervenção do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, corresponde a uma superfície total de cerca de 2,71ha, entre a Rua do Alavário, Canal do Paraíso, Esteiro do Matadouro, Rua Condessa Mumadona Dias e Rotunda das Pirâmides.
Criar zona de transição entre as marinhas e o perímetro urbano central é a aposta do Município.