Diogo Soares Machado assume que começa a “ficar cansado” dos candidatos da família Souto e afirma que não haverá coligações pós-eleitorais com qualquer dos candidatos.
“A elite socialista, a das palavras caras e ideias brilhantes que, como o socialismo, só dura enquanto durar o dinheiro dos outros, vai ter que se habituar a que, agora, já há quem denuncie o jogo bafiento e viciado a que vêm submetendo os Aveirenses. Aveiro não quer mais descontrole, dispensa mais megalomania, descarta rotundamente voltar ao passado do sobressalto e do desnorte financeiro”.
O cabeça de lista do Chega, apontado como um dos novos protagonistas da política aveirense, qualquer que seja o desfecho de 12 de Outubro, diz que há no discurso socialista “soberba e arrogância”.
Acusado por Luís Souto de estar no PS numa “coligação negativa” e podendo vir a desempenhar papel de relevo numa futura governação em que o vencedor não garanta maioria absoluta, o candidato do Chega demarca-se dos dois irmãos.
Num discurso apontado ao que classifica como auto-elogios de Alberto Souto diz que são uma falta de respeito pelo legado de Girão Pereira.
“Caro Alberto, olhe bem para as fotografias que partilhou, olhe atentamente e com calma, detenha-se especialmente na da construção do parque de estacionamento da Praça Marquês de Pombal, ponha a mão na consciência e assuma os seus erros e, assumindo esses erros, assuma também que o deserto em que essa zona da cidade se transformou, as lojas que fecharam, os empregos que se perderam, são culpa sua. Sem intenção, certamente, mas culpa sua e da incapacidade dos seus Executivos em planear adequadamente, em gerir bem, em cumprir prazos, em pagar a tempo e horas. E podia falar também do túnel da Estação, do Teatro Aveirense, no atraso da obra de recuperação dos muros da Ria, da desvalorização e descaracterização da Zona Industrial de Taboeira, etc., etc., etc..”
O candidato do Chega diz que se trata de uma “tentativa de redenção” com ideias que “são o grave prenúncio de um novo desastre financeiro, de uma bancarrota anunciada, de um filme já visto”.
Em texto publicado nas últimas horas, o candidato do Chega transcreve excertos da auditoria da Inspeção Geral das Finanças sobre a gestão socialista no triénio 2003/2005.
“E nem sequer me vou deter nos valores da dívida à data: a IGF avançava os 250 milhões, uns socialistas diziam que afinal eram 170 milhões, o Candidato Alberto afiançava que eram só 160 milhões e uns trocos para amendoins”.
Sobre Luís Souto diz que continua envolvido num “labirinto”.
“Não leia tudo o que lhe põem à frente, não reproduza tudo o que lê e, sobretudo, organize-se, que isto de apelar ao voto dos eleitores do Chega às 2as, 4as e 6as, para, às 3as, 5as e Sábados, os diabolizar, não só não abona a favor da sua honestidade intelectual, como passa a imagem de desespero, nervosismo e angústia de quem sabe que vai perder”.