Consenso em torno do futuro da Assembleia Municipal.
Os cabeças de lista às autárquicas afirmam que a experiência de abertura e dinamização do órgão deve ser mantida no futuro para fomentar a participação ativa dos cidadãos na vida política.
Depois de quatro ano de mesa formada por representantes de dois partidos, as forças que vão a eleições esperam para ver a distribuição de lugares e decidir, entretanto, a constituição da nova Mesa mas assumem entendimento quanto à importância de promover reuniões descentralizadas em diferentes lugares do Município e no envolvimento das escolas.
Paulo Pinto Santos, atual presidente do órgão e recandidato ao cargo, faz balanço positivo ao trabalho de abertura à sociedade civil assumindo que o quadro político criado facilitou essa mudança.
O cabeça de lista entende que o grau de exigência vai aumentar, com as novas competências das autarquias.
Espera que a próxima Assembleia veja os meios de apoio reforçados e afirma-se defensor de manter um modelo cada vez mais participativo.
José Pinto Reis, candidato do movimento independente que no atual mandato ficou fora da composição da mesa, admite que esse grau de exigência venha a crescer.
Há novos desafios e novos dossiês que vão levar a debates intensos.
Sugere a estratificação de questões conferindo mais tempo para debate sempre que em causa estejam deliberações estruturantes e menos “tempo perdido” em assuntos sem o mesmo grau de relevância, nomeadamente questões para tomada de conhecimento, sem exigência deliberativa.
Afirmou-se ainda defensor de espaço de intervenção dos deputados com o público.
Luís Leitão, cabeça de lista do PS, considera que o mandato que agora termina fica como bom exemplo de uma Assembleia valorizada nas suas competências.
Gostaria que o próximo fórum mantivesse o tom, sobretudo pela autonomia face ao poder executivo.
Luís Leitão defende que o fim das maiorias absolutas do PSD acabou por permitir uma lufada de ar fresco na AMI.
Depois de quatro anos na Assembleia, Sérgio Louro diz que encontra neste fórum um espaço fundamental na vida política no concelho.
O candidato do Chega admite que a descentralização de competências está a reforçar o peso das assembleias municipais e vai colocar novos desafios em Ílhavo exigindo um debate cada vez mais informado.
Fora da Assembleia mas apostado em voltar, a CDU diz que o debate não se esgota nos debates trimestrais.
Bernardo Santos, o cabeça de lista, assume que perder essa presença retirou ao PCP alguma visibilidade.
O debate entre candidatos à Assembleia Municipal de Ílhavo esta quarta na Terra Nova (áudio).
Programa já disponível em terranova.pt