Autárquicas: Alberto Souto mantém que é possível ampliar o conservatório sem demolir antiga sede da CERCIAV.

Alberto Souto Miranda já reagiu à forma como Luís Souto respondeu ao desafio por si lançado para que comentasse a iniciativa da Câmara de Aveiro para demolir a antiga sede da CERCIAV junto ao Conservatório.

Depois de ler a resposta em que Luís Souto diz não receber lições sobre a defesa do património e assumir a defesa de uma nova estrutura necessária à ampliação do conservatório, Alberto conclui que o candidato da AD “reconhece que a casa tem interesse arquitectónico, mas aceita a demolição”.

“Estou muito desapontado. Esperava mais. E não esperava, de todo, o comunicado oficial que fez sair, muito desagradável, repleto de inverdades e considerações deslustrosas”.

Alberto Souto defende-se da acusação de estar a judicializar a vida política.

“O recurso aos tribunais é um direito de qualquer cidadão. Considerar o procedimento cautelar falta de elevação e de respeito democrático diz tudo sobre o respeito e a elevação de quem tal escreveu. Acredito que não foi ele”.

O candidato do PS admite que foi surpreendido pelos pormenores em torno do projeto e pelas valências que a nova estrutura irá criar mas continua a defende que essa resposta depende mais do tipo de projeto do que da área que resulte de uma eventual demolição.

“Perante a divulgação – ontem - do programa completo (uma ala composta por três estúdios para a dança, com 120 m2 cada, duas salas para aulas de percussão, sala de apoio, dez estúdios para estudo, balneários, zonas técnica) reafirmo o que escrevi: é possível, com outro projecto, expandir o Conservatório para os terrenos circundantes e salvar a moradia, recebendo esta algumas valências daquele programa. Basta querer”.

Alberto Souto recusa o argumento de que a casa estará em situação irrecuperável e lamenta o ataque direto à sua gestão que terminou há 20 anos.

“No caso da casa de Alberto Souto, porque convém lembrar ao candidato Luís, que, como ele muito bem sabe e dolosamente omite, a casa não era da Câmara quando foi demolida, mas, sim, do Estado e por ele demolida; convém, também, lembrar que exigi que me fossem exibidos os pareceres técnicos que sustentaram a necessidade de demolir; que, mesmo assim, consegui impor que o projecto respeitasse a memória visual da casa…Quanto ao Mercado Manuel Firmino, sim, demoliu-se por razões técnicas e substituiu-se por imóvel com a mesma arquitectura e um parque de estacionamento…Nenhum dos dois casos se compara com o que a Câmara quer fazer agora, em que, pura e simplesmente, se arrasa a casa e a memória do lugar”.