O candidato do PS à Câmara de Aveiro desafia o presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e cabeça de lista da AD a não incluir o agendamento do plano de pormenor do Cais do Paraíso na agenda da próxima Assembleia Municipal.
Alberto Souto diz que seria sinal contra a “monstruosidade” que está em preparação para aquela área da cidade.
“Como Ribau disse, o novo executivo pode revogar este PP facilmente. Porque não esperar então algumas semanas? Seria um acto de coragem e de defesa dos interesses de Aveiro. Se não fizer isso, apesar de lamentavelmente o Luís ser favorável a esta monstruosidade, será um acto de vassalagem e obediência acéfala”, acusa o candidato do PS.
A agenda ficou fechada pouco depois da reunião de Câmara e o edital assinado pelo presidente da AMA com reunião no próximo dia 2 de Setembro.
O candidato do PS procurou “encostar” o candidato da Aliança às “cordas” referindo que a aprovação do PP do Cais do Paraíso foi “dia negro”.
“Há, porém, uma garantia que eu quero deixar a todos: se eu for Presidente da Câmara de Aveiro, como desejo, tal tolice não se fará. Já o candidato Luís, da Aliança, é a favor desta aberração. Ele e os cinco vereadores que votaram. Não conheço mais ninguém, mesmo do PSD ou do CDS que apoie este abcesso. Merecem ter o seu nome inscrito na placa a este monumento à nossa parolice urbanística. São cúmplices de um crime flagrante e hediondo”.
Quanto à rapidez no processo, o candidato do PS interroga-se e apresenta uma teoria.
“É um mistério, mas pode haver esta explicação: o Sr. Eng. Ribau Esteves prometeu a quem comprou o terreno que ali poderia fazer um Hotel com 12 Pisos acima do solo e vista e acessos para o canal central; esse compromisso presidencial terá sido condição essencial para que o investidor angolano que comprou o terreno o tenha comprado?
Ou seja, o Presidente estará entalado, como se diz na gíria popular, porque prometeu algo que, se não cumprir, o coloca sob o risco de pesada indemnização pessoal? Será que é isso?”
Finalmente, comenta a declaração de Ribau Esteves sobre a possibilidade do próximo executivo revogar o PP do Cais do Paraíso.
Desconfia que não será assim tão simples.
“Como é sabido, a imagem do hotel é conhecida há uns anos; ora, é muito crível pensar-se que o pedido de licenciamento esteja pronto a ser apresentado, logo após a entrada em vigor do PP. A revogação do PP pode, portanto, originar vultuosas indemnizações”.