Amadeu Albergaria reafirma as acusações dirigidas nas últimas semanas ao Ministro da Educação sobre os problemas no setor como exemplo dos silêncios obrigatórias nos equilíbrios necessários à sobrevivência política do Governo socialista com apoio de BE e PCP.
“As escolas estão hoje sem dinheiro para água ou luz e sem funcionários, fecham unidades de autismo, fecham unidades de multideficiência, fecham bibliotecas, fecham ginásios e não há aulas de educação física”. “É isto o seu Serviço Nacional de Educação? Foi esta a expetativa que as esquerdas deram à comunidade educativa?” questionou o parlamentar eleito nas listas do PSD pelo círculo de Aveiro.
Além do cenário traçado, o deputado deixou uma previsão sobre as políticas que resultam do orçamento para 2017. “Vai este orçamento resolver alguns dos problemas de que acabei de falar? Não, não vai. Vai agravá-los porque as escolas vão ter menos dinheiro no próximo ano. O anunciado aumento de 3,2% é afinal, uma redução de 2,7%. Um embuste. Uma falta de transparência. Uma ficção”.
O parlamentar social democrata referiu-se ao OE como apresentando “mais impostos, degradação dos serviços públicos, diminuição do dinheiro para as escolas”, acusando o governo de “hipocrisias políticas”, citando Mário Nogueira, segundo o qual as verbas contidas neste orçamento são claramente insuficientes e que está previsto um corte de 281 milhões de euros na rubrica de recursos humanos.
“A sério? O senhor Mário Nogueira é um dos responsáveis deste Orçamento”, conclui Amadeu Albergaria que vê na educação um pilar de sustentação do Governo. “António Costa sobrevive, servindo-se de um ministro fragilizado e na convicção de que a escola aguenta. Aguenta porque tem profissionais de exceção. Que fazem tudo pelos alunos. Mas não mereciam isto, não mereciam este governo e não mereciam este ministro”.