Águeda aprova as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2023, com viabilização no executivo e na Assembleia Municipal, mas não livra a maioria de críticas, em particular do PS, que reclama mais apoio social.
O Orçamento assume um valor global de despesa e receita de 61.1 milhões de euros.
Obras no Centro de Saúde de Águeda, no Hospital, no Largo da Estação, no Mercado Municipal, a ampliação do Parque Empresarial do Casarão (dotando-o de características inovadoras e de nova geração), a ligação do Parque Empresarial ao IC2 e a segunda fase das obras do sistema de drenagem da cidade estão entre as operações previstas.
O PS diz que não foram implementadas medidas apresentadas pelos vereadores socialistas, deixa crítica à ausência de retoma dos Orçamentos Participativos, fala em falta de atualização da Estratégia de Habitação e crítica o que diz ser o arrastamento de políticas ao longo dos anos.
Outro dos pontos destacados pela oposição é a falta de dados sobre Carta Social e Diagnóstico Social quando faltam poucos dias para a assunção de competências na área social.
José Vidal aproveitou o debate para sugerir a reserva de verbas da derrama para apoiar as famílias mais carenciadas (com áudio)
Da maioria ouviu-se a resposta do autarca de Águeda.
Jorge Almeida diz que com IMI no mínimo e IRS devolvido aos munícipes há indicadores objetivos de apoio social.
Revela só nessas receitas abriu mão de cerca de 5 milhões de euros (com áudio)
O PSD reforçou a posição da maioria congratulando o Executivo por aplicar as “taxas mínimas permitidas por lei, sobretudo no que respeita ao IMI e à componente de IRS que reverte para os municípios”.
“Num momento em que as pessoas estão a sentir fortes aumentos do custo de vida e, em alguns casos, uma enorme pressão derivada da subida dos juros, a Câmara está a abdicar de cerca de 5 milhões de euros em impostos que poderia cobrar” destaca Samuel Caetano Vilela, Presidente do PSD Águeda.
Sobre as Grandes Opções do Plano, já aprovadas em sede de Executivo e que serão apreciadas na próxima Assembleia Municipal, o PSD Águeda sublinha que está em causa o maior Orçamento alguma vez apresentado no município, totalizando cerca de 61 milhões de euros.
Samuel Caetano Vilela considera que “Águeda abdica de receitas de impostos, por isso só com uma grande capacidade de captação de fundos comunitários é possível apresentar um Orçamento desta dimensão, onde se refletem projetos importantes e necessários, que serão financiados através do quadro comunitário que está a terminar, mas também do PRR”.