Relatório e Contas de 2022 da Câmara de Ílhavo aprovados com os votos da maioria e abstenções de PS e PSD.
Os partidos da oposição alertam para o saldo de gerência a rondar os 7 milhões de euros e falam em falta de ideias e capacidade concretizadora mas a maioria diz que se trata de uma circunstância excecional num ano em que todos os municípios do país sentem esse acréscimo de saldo nas contas.
O debate em reunião de Câmara acentuou a visão crítica dos partidos da oposição.
O PS fala em marcas de continuidade do passado em que a maioria PSD foi substituída por uma maioria independente mas sem novas políticas.
Sérgio Lopes fala em falta de ideias e “conformismo”.
“Somos obrigados a constatar que entre esta maioria e o PSD só mudou a nomenclatura”.O autarca socialista assinala o aumento de receitas num ano de dificuldades para famílias, associações, IPSS e comércio local.
Considera uma contradição a acumulação de capital pela Câmara, que incrementou em 2 milhões de euros a dimensão da sua receita, face a 2021, e a falta de capacidade para investir.
Lamenta que os apoios não tivessem sido revistos como forma de ajudar a superar uma crise inflacionista depois de uma crise pandémica.
E considera preocupante a “queda abrupta do investimento” e a instalação de um quadro de “imobilismo” (com áudio).
Os vereadores eleitos pelo PSD notam esse abrandamento no investimento público e comparam os níveis de receita com a capacidade de responder na prestação de serviços.
E considera que nem o argumento de falta de maioria para poder aplicar as políticas do programa do movimento independente pode merecer aceitação.
Recorda que apenas a tarifa de resíduos e a aquisição da Casa do Gaveto mereceram chumbo.
Paulo Nunes entende que as contas apresentaram até validam essa opção uma vez que a autarquia dispõe de meios para não sobrecarregar as famílias.
Mas não tem desculpa para falhar na implementação de novos projetos (com áudio)
A maioria “Unir para Fazer” admite que o saldo é elevado mas não difere de uma tendência nacional de ampliação de saldos em contexto que não depende das autarquias.
Receitas em crescimento que poderão vir a decair no futuro.
João Campolargo defende que há ideias e vontade política de agir para potenciar a aplicação de fundos europeus.
O autarca diz que não se pode apontar o dedo a uma Câmara Municipal quando todas estão no mesmo barco (com áudio)