União de Sindicatos preocupada com subida do desemprego e precariedade laboral.

A União de Sindicatos de Aveiro analisa os dados publicados pelo INE sobre o desemprego no segundo trimestre de 2024 e conclui que o desemprego aumentou no distrito de Aveiro, na ordem de 1,4%, em comparação com trimestre homólogo de 2023.

Em Agosto de 2024, o número de desempregados registados no distrito era de 19.655, ou seja, 6,85% do Continente (302.487).

A taxa de desemprego no país estava em 6,1%, com ligeira quebra quando comparada com o 1º trimestre de 2024 e igual ao trimestre de 2023.

O sinal de preocupação chega da subida mesmo em tempo de emprego sazonal em que tradicionalmente se assistia a redução do número de desempregados.

“No distrito, mesmo em período de emprego sazonal, o desemprego registado aumentou. Os trabalhadores com vínculo precário são os primeiros a ser despedidos. No mês de Agosto, 51,77% dos desempregados que se inscreveram nos centros de emprego do distrito tinham vínculo precário” refere a USA.

Dados do IEFP revelam que o número de desempregados registados no distrito, no mês de Agosto de 2024, é de 19.655, mais 1.111 desempregados que em Julho de 2024 mas admite que os números reais possam escalar para os 36 mil trabalhadores.

Em termos homólogos o desemprego no distrito de Aveiro aumentou 2.114 desempregados registados, seguindo a tendência do continente que aumentou 19.384.

A USA revela, ainda, que dos 19.655 desempregados registados em Agosto de 2024 no IEFP, apenas 13.774 recebiam proteção social de desemprego, com o valor médio de 620,30€, pouco acima do limiar de pobreza (591€).

Conclui que a precariedade continua a ser um dos flagelos no mercado laboral.

Destaca ainda dados do Observatório Infotrust que aponta 123 novos casos de insolvência em 8 meses no distrito de Aveiro e o encerramento de 514 empresas.