Os trabalhadores da Renault Cacia, em Aveiro, cumprem esta quinta-feira o primeiro de três dias de greve, com paralisação de 24 horas, queixando-se de pressão e ritmos de trabalho elevados.
O pré-aviso de greve para os dias 7, 10 e 12 de novembro, com paralisação de 24 horas em cada um dos dias, foi entregue depois de aprovado em plenários de trabalhadores realizados a 27 e a 28 de outubro.
Ausência de diálogo, clima “tóxico e desmotivador”, pressão e ritmos de trabalho elevados são críticas feitas à administração da empresa.
Manuel Chaves, da comissão de trabalhadores, diz que a paralisação começou ontem à noite e procura dar sinal à empresa para negociar e melhorar as condições de trabalho (com áudio)
Uma delegação do PCP acompanhou este primeiro dia da 'jornada de luta'.
"A degradação das condições de trabalho, nomeadamente a redução das remunerações, a retirada de prémios, o não cumprimento da GSI (Gestão Salarial Interna) aos seus trabalhadores, os intensos ritmos de trabalho e horários desregulados, a pressão, a repressão no local de trabalho, além da existência de um grande número de trabalhadores temporários (30% da mão-de-obra são trabalhadores temporários, percentagem que já se mantém há vários anos), sendo que estes trabalhadores respondem a necessidades permanentes da empresa".
O PCP esteve no local para manifestar a sua solidariedade com os trabalhadores em luta e reitera o compromisso de “intervir nas várias instâncias na exigência do cumprimento desses direitos”.
O Partido diz que a adesão cifrou-se em 80% no turno da noite e mais de 90% no turno das 6h.