A Federação dos Sindicatos da Pesca diz que o setor não suporta uma interdição na pesca da sardinha de cinco meses e reage, desta forma, a sinais que chegam da apresentação em Janeiro de um estudo feito pelo IPMA. Para os sindicatos é necessário reavaliar modelos.
Na reunião do Grupo de Acompanhamento da Sardinha, a que assistiu pela primeira vez, a Federação diz que o IPMA anunciou que o relatório da campanha de avaliação dirigida para o estado dos juvenis, realizada com o “Noruega”, em 18 de Dezembro, será conhecido em meados de Janeiro, adiantando, apenas, que "parece que haverá mais biqueirão” e que “não haverá grandes variações quanto à sardinha”, e sugerindo que, para 2016, talvez, se deva “interditar a pesca de toda a petinga tamanho 4” e que se “deva interditar toda a pesca de sardinha, entre Outubro e Abril, para defesa dos reprodutores e juvenis”.
Na reação, os sindicatos dizem que “faltam elementos de análise essenciais”. “Desde logo, o sector não suporta uma actividade anual reduzida de 5 meses, não havendo qualquer evidência de que o resultado seria positivo para o recurso. Mantemos que é possível e adequado garantir para o sector a possibilidade do máximo de captura possível, de acordo com os critérios internacionais, e que segundo os números adiantados, depois do último cruzeiro do Verão passado, poderá ir até às 30.000 toneladas”.
Antes de qualquer decisão sobre o que se poderá pescar em 2016, a Federação quer saber qual é o total de biomassa do recurso sardinha estimado pelo IPMA, na costa nacional.