O PCP diz que o processo de lay-off na Pousada da Juventude de Ovar vai apanhar uma fase alta do Carnaval de Ovar e, por isso, pede esclarecimentos à Câmara de Ovar. Apela aos trabalhadores para que lutem “contra a desresponsabilização do Estado” nesta matéria, pugnando pelo funcionamento da pousada e exigindo o cumprimento integral dos seus direitos.
Em nota divulgada esta quarta-feira, o PCP recorda que em finais de Novembro, após ter sido noticiada aos trabalhadores da Pousada da Juventude de Ovar a suposta suspensão do processo de liquidação, foram surpreendidos com nova notícia de processo de layoff para cerca de 16 pousadas de Juventude a nível nacional, incluindo a de Ovar, invocando baixa sazonalidade.
“Isto significa que durante meses estes trabalhadores, já em dificuldades financeiras, receberão um corte brutal no salário reduzindo-o a apenas um salário mínimo”. Para além da perda de utilizadores que esta decisão implica, o PCP chama a atenção para o facto deste processo de layoff incluir o mês de Fevereiro, uma vez que todos os anos o Carnaval atrai milhares de turistas.
Para o PCP esta pousada, dirigida em especial à juventude mas cujos serviços beneficiam um público alargado, “são uma mais valia para o município que importa preservar, de forma a desempenhar um papel determinante como fator de desenvolvimento económico e social”.
O Partido Comunista diz que é “necessário criar uma estratégia integrada de promoção da sua utilização, com uma política de preços adequada à realidade dos jovens, que tenha em conta o fator transporte e que tire partido da sua localização”.
Este é um processo desencadeado inicialmente no âmbito da liquidação da Movijovem para a criação de um organismo que agrupe várias entidades ligadas à Juventude e Desporto, o Instituto Português do Desporto e Juventude. Apesar de ter recuado na liquidação da Movijovem o Governo mantém a intenção de entregar alguns serviços “com vista à exploração da rede de Pousadas da Juventude”.