A Navigator vai apoiar as populações afetadas pelos incêndios deixando palavra de “profunda solidariedade” com as famílias e populações atingidas em setembro pelos grandes incêndios que assolaram o país, “lamentando acima de tudo a trágica perda de vidas humanas”.
Anuncia um pacote de medidas para valorizar o esforço dos produtores e defende que a gestão profissional dos espaços florestais tem-se mostrado a solução mais eficaz para a prevenção de incêndios, “como demonstrado pelo fato de que as áreas geridas pela indústria corresponderam a apenas cerca de 2% da área total afetada, uma proporção 5 a 10 vezes inferior aos povoamentos não geridos de eucaliptal, pinhal ou mesmo de outras folhosas”.
Em nota divulgada esta quinta-feira, a empresa manifestou público “reconhecimento a todos os que ajudam na prevenção e combate aos incêndios – Proteção Civil, bombeiros, forças de segurança, bombeiros e sociedade civil, dispositivo da Afocelca e todos os nossos colaboradores que estiveram no terreno ao longo de todo o verão a apoiar a prevenção, a coordenação e o combate”.
Preocupada com os impacto dos incêndios anuncia a implementação de meios de apoio para que seja possível selecionar e segregar a madeira sem quaisquer vestígios de carvão.
Explica que vai continuar a pagar a madeira das regiões assoladas pelos trágicos incêndios a preço de mercado, reforça ajudas à aquisição de equipamentos florestais e disponibiliza adiantamentos de tesouraria aos fornecedores e parceiros atingidos pelos incêndios e para a madeira queimada ou com vestígios de carvão que não venha a ser possível valorizar para fins industriais e admite aceitar a sua utilização como fonte de biomassa triturada para produção de energia renovável, sendo igualmente paga a preços de mercado.
A Empresa é a terceira maior exportadora em Portugal e a maior geradora de Valor Acrescentado Nacional, representando aproximadamente 1% do PIB nacional, cerca de 2,5% das exportações nacionais de bens, e mais de 30 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
Em 2023, a The Navigator Company teve um volume de negócios de € 1,953 mil milhões. Mais de 92% dos seus produtos são vendidos para fora de Portugal e têm por destino 134 países.
Sobre os primeiros nove meses de 2024 confirma um crescimento de 20,3% nos seus resultados líquidos, alcançando € 241,4 milhões.
Até setembro, o EBITDA atingiu os € 431,3 milhões, um aumento de 14,5% face ao período homólogo de 2023, refletindo uma margem EBITDA robusta de 27,5%, mais 1,7 pontos percentuais.
O volume de negócios alcançou os € 1.569 milhões, um crescimento de 7,4% face ao mesmo período do ano passado.
A empresa diz que os resultados são fruto da “resiliência” perante a “volatilidade do mercado”, da sua “eficiência” na gestão dos negócios, da “estratégia comercial” e do “controlo de custos”.
Em termos comerciais, a robustez dos preços de papel de impressão, de embalagem e de tissue e o maior peso dos novos segmentos de negócio, tissue (uso doméstico) e packaging (embalagens), garantiram os bons resultados registados.
Recorde-se que a fábrica de Cacia é nuclear nestes segmentos com as novas unidades criadas.
A aposta na inovação e na sustentabilidade do negócio continua a ser um importante suporte da performance.
No 3º trimestre deste ano, no âmbito da estratégia de diversificação de negócio, arrancou, em fase de testes de produto e de aceitação do equipamento, a produção integrada de celulose moldada na fábrica de Cacia.
As primeiras peças ficaram disponíveis no mercado durante o mês de outubro, destinando-se a substituir as embalagens de plástico e de alumínio de utilização única no mercado de food service e food packaging.
A empresa revela que a procura aparente global de Papéis de Impressão e Escrita apresentou um crescimento (janeiro a agosto) em todos os segmentos, com a procura por papel UWF (impressão e escrita não revestido) com uma evolução de 2,4%.
As vendas de papel de impressão e embalagem da Navigator cresceram 17% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo, com o valor das vendas a crescer 7%.
O negócio de papel de uso doméstico (tissue) aumentou as vendas em mais de 50% e o embalamento (Packaging) mais do que duplica as vendas.